Canas OnLine

31/12/2008

A Pedido - Saídas do Baú


Pois bem, aqui vai a postagem que mais me têm pedido, espero que se consiga ampliar e que agora sim reconheçam os envolvidos ...
Não sei responder o que aconteceu às rádios em Canas, sei que houve um alvará e que a população contribuiu para um peditório ... mas mais ... ...sinceramente não sei...
Nos capítulos seguintes da história, perdi entretanto o seu desenrolar, já me encontrava a fazer o meu percurso académico, haverá alguém mais habilitado para o fazer, espero que o faça comentando este post!

30/12/2008

2009... de mãos dadas.

Poderei talvez ser eu a “teclar” em nome de toda esta equipa que, para si fazem este espaço com amor. Isso mesmo, podem crer que este espaço é feito com dedicação e trabalho, logo, é uma forma de transmitir amor. Caros visitantes, amigos, comentadores ou simples curiosos, tenham um bom 2009, cheio de desafios, de momentos felizes, de partilha, de cumplicidades, de coisas para contar e rir mais tarde. Que 2009 seja a esperança para os nossos dias cinzentos... que traga a paz, a tranquilidade, o emprego, a segurança, para continuar a acreditar que é possível ser feliz.
De mãos dadas
entramos sorrindo na galáxia da ternura
rompendo velozes
as entranhas do cosmo,
vendo nascer deslumbrados
a aurora sideral.

Tudo é silêncio
tudo é simples e original.

Enamorados
pares de meteoritos deslizam
unidos num sentimento singular,
escoltados por uma nuvem crescente
de ternura transparente.

Seu olhar límpido
é a carícia de um instante
adulta e decidida,
a sua voz um hino sereno
sem curas nem renúncias.

O seu olhar deslumbrado
procura tímido o meu,
seus lábios entreabertos numa carícia
abraçam os meus
soletrando baixinho
convicções ou regras,
a mais linda realidade.

***
©efeneto

Fotos ba...Canas

Resultados dos Escolas do Desportivo….
11 – 0 ; 8 – 0 ; 4 – 1 ; 5 – 3 ; 4 – 0 ; 13 – 0 AQUELA MÁQUINAAAAA
*******************

A obra e o criador, ou vice-versa.

********************

Hummm…talvez 43. Os patins convêm ficarem largos…
*********************



Última Hora:
1ª COISA BOA em Canas/09
Assim que houver pirilampos será inaugurada a sala de reuniões dos colaboradores do MCS.
Julgo que já há 3 lugares cativos…

29/12/2008

Foto BC # 12


Rua do Paço_I Scnhneider





A "Melhor Foto da BC" pretende eleger a melhor fotografia divulgada na blogosfera canense. Até 31 de Dezembro serão apresentadas as fotos seleccionadas, as quais, durante o mês de Janeiro de 2009, serão votadas pelos leitores/visitantes do blogue. Veja as fotos entretanto nomeadas aqui

As idiossincrasias

Parece-me necessário escrever qualquer coisa!...

Primeiro porque, se entre nós podemos andar às turras, opinar diferentemente ou, até, molestarmo-nos verbalmente sobre as perspectivas do desenvolvimento aqui dos burgo, já termos os políticos do concelho asnelense a transcreverem, truncando, o que se escreve no Município de Canas de Senhorim torna a “coisa” mais séria. Mais… O simples facto de apenas colocarem o link esquecendo o nome oficial do blogue mostra quão retorcidas são estas pessoas… Porque Blogando Nelas é contraditório com Blogue Município de Canas de Senhorim… Cheguem para lá!!!... Se o Blogue do Município de Canas de Senhorim pertence à Bloglândia asnelense, digo-vos que por aqui fala-se mais, bastante mais, que da inauguração do Capela da Urgeiriça.
Aliás, nota-se nesse boletim de informação socialista, uma preocupação constante com Canas de Senhorim… Escrevem sobre o trombone e a Rua Dr. Tiago Marques, o caderno de encargos, do blogue MCdS, da capela do cemitério e finalmente outra vez da Rua Dr. Tiago Marques…Porque não escreveram sobre a não compra das instalações dos fornos eléctricos por 500.000€, por se negarem a emprestar os autocarros para as associações canenses, por votarem a favor de subsídios de 25.000€ (fora o resto) para associações carnavalescas de asnelas e 1.750€ para as associações carnavalescas de Canas sendo que o Rossio recebia 0€, não escrevem sobre o quão maltrataram os socialistas canenses, esquecem o investimento zero ao longo de décadas, esquecem todas as ofensas… Antes de falarem sobre Canas de Senhorim deveriam primeiro pedir desculpa!... Isto no mínimo… Já que, na minha opinião, deveriam primeiro ser chicoteados em praça pública… 

Estes PSD’s que lá estão são maus, muitos maus, mas é porque não sabem mais, não existe neles uma predisposição de “tornar Canas de Senhorim numa reles Aldeia”… 

Internamente falando, espanta-me a alegria na inauguração da iluminação exterior na Igreja Matriz por parte da Dr. Curandeira e do Dr. Luís Pinheiro, e as criticas funestas, às mesmas pessoas na inauguração da Capela da Urgeiriça… Então agora digam lá: não seria melhor fazerem os passeios da Rua Dr. Tiago Marques? É melhor comprar um trombone ou pagar uma iluminação exterior de uma Igreja? 

Ah! E se alguém canense aqui do blogue é candidato a alguma coisa apresente-se tem, só por isso, a minha admiração…

Para os Políticos lerem

Olá, se está a ler isto é porque é um político. Se é um político pode ter sido o político que veio aqui 'roubar' os comentários e o post para publicar naquele jornal político. Se é esse político pediu a quem para colocar lá o conteúdo?

Outra coisa, agora para todos os outros políticos que aqui andam e teimam em negar que aqui andam. A estrada que vai da Rua Lage do Quarto para a Avenida António João Pais Miranda anda à n orçamentos a ser aprovada e com os dinheiros a chegar. Quanto tempo mais demora a construirem essa rua? Ou até mesmo a que vai dessa rua que está em terra batida que vai até mais a cima na Rua Lage do Quarto. A História da Rua Dr. Tiago Marques está mais do que batida, também vão demorar a fazer essa estrada? Já não peço grandes obras que possam fazer Canas crescer, apenas gostava de ver obras que fizessem com que a população de Canas tivesse melhor qualidade de vida.

Não usem a população de Canas e as obras feitas em Canas para a vossa propaganda política. Falem antes do que não foi feito que aí temos discussão para horas.

Antigos trabalhadores da Urgeiriça prometem luta

(Clicar no titulo para ver noticia)

28/12/2008

2008: Positivo e Negativo

(Publicado na edição nº 121 do Jornal "Canas de Senhorim")

O ano da graça de 2008 dificilmente ficará na história como afortunado e saudoso. O facto maior deste ano – A crise financeira internacional – apertou (ainda mais) os já magros orçamentos familiares, pondo igualmente cobro à tímida recuperação que o país parecia querer iniciar, persistindo a estagnação económica e o retrocesso iniciados em 2001. Esperamos todos que 2009 pelo menos não agrave o estado de coisas, o que, face às previsões económicas conhecidas, já não seria mau.
A nível local, e em face do que aconteceu em 2008, vou procurar destacar aquilo que, na minha óptica, de mais positivo e negativo aconteceu.

FACTO POSITIVO

O “Renascimento” da Urgeiriça – Depois de anos de verdadeira “quarentena”, estigmatização, fuga de pessoas e de um denso manto de pessimismo, a Urgeiriça conheceu um ano de realizações, inaugurações e lançamento de projectos para o futuro. A conclusão dos trabalhos de recuperação ambiental da Barragem Velha, a criação do espaço lúdico da “Praia Fluvial”, a requalificação da Capela de Santa Bárbara, a instalação da sede dos Escuteiros na Antiga Escola Primária e a continuação das obras do anfiteatro são aspectos extremamente positivos, e de viragem, face ao clima de degradação e descrença de anos anteriores. A isto acresce o projecto de um “Museu do Mineiro” no antigo Balneário e o anúncio feito pela EDM – Empresa de Desenvolvimento Mineiro, S.A da intenção de criar um “Centro de Conhecimento Radio Natura” na freguesia de Canas de Senhorim, projectos com um inegável potencial para revitalizar a Urgeiriça, criar empregos e dinamizar o sector turístico. Importa ainda destacar a solução encontrada para a Casa do Pessoal que, sem ser consensual, permite a criação de expectativas quanto à recuperação deste imóvel carregado de tanto simbolismo para gerações de mineiros.
Injusto seria não focar a causa dos mineiros – liderada pelo Sr. António Minhoto – que em 2008 ganhou amplitude nos média e um cada vez maior consenso quanto à necessidade de se fazer justiça aos ex-mineiros e suas famílias, garantindo-lhes melhores condições materiais para poderem enfrentar as mazelas resultantes do tempo de trabalho na Empresa Nacional de Urânio.
Estão por isso de parabéns todas as pessoas e instituições que contribuíram para os
(felizmente muitos) acontecimentos e realizações que marcaram a Urgeiriça em 2008, com destaque maior para a EDM - Empresa de Desenvolvimento Mineiro, S.A que, pelo montante do investimento realizado, fez justiça à Urgeiriça, suas gentes e ex-trabalhadores.

FACTO NEGATIVO

O “Comboio” dos Fundos Comunitários voltou a não passar por aqui – Os últimos quadros comunitários foram negociados e aplicados em tempos que o concelho vivia em clima de verdadeira guerra politica. Nesse tempo dizia-se que a ameaça de cessão inibia o investimento na freguesia de Canas de Senhorim. O ano de 2008 fica marcado pelas contratualização de novos fundos comunitários (QREN – 2007 -2013). Excepção feita à previsível construção de uma ETAR (o que, diga-se, irá acontecer em quase todas as freguesias do concelho), Canas de Senhorim volta a não conhecer investimento em despesas de “capital”. Conclusão: Os Fundos do QREN chegam ao concelho de Nelas mas não saem da sede. Só o endividamento é partilhado. Infra-Estruturas Rodoviárias, recuperação/modernização de Zonas Industriais e construção de Centros Escolares tudo isso acontece de certeza…na sede do concelho. O governo central terá costas largas mas não o suficiente para ficar com culpas nisto. A opção “centralista” é deliberada. E em politica aquilo que parece…é!!!
Saúda-se concerteza que haja mais dinheiro para as associações da Freguesia de Canas de Senhorim com proveniência no orçamento municipal (como sempre aconteceu em género, número e grau para as Associações das outras freguesias). Mas todas essas despesas não são reprodutivas, não criam riqueza, esfumam-se num exercício contabilístico. É uma pena que depois dos furacões políticos que assolaram o concelho a “malta da política” ainda não tenha percebido que só a justa e equitativa partilha de recursos entre as 2 maiores freguesias pode trazer paz social. População Igual, tratamento igual!
Espera-se que os novos protagonistas, ou os protagonistas reciclados (mas em estado de validade comprovado) que poderão aparecer nas próximas eleições autárquicas percebam isso. Não perceber e persistir no erro é meio caminho andado para comprar novas guerras. Quem semeia ventos…..

Na próxima edição tentaremos perspectivar aqueles que poderão ser os grandes temas de 2009

Votos de um Santo Natal e de um Próspero Ano Novo a todos os leitores!

Manuel Alexandre Henriques
(mahenriques@sapo.pt)

Editorial

O blogue MCdS foi concebido para reforçar o nosso ideal municipalista, congregando a boa vontade de todos os intervenientes no sentido de enaltecer e dignificar a nossa terra. Foi este o compromisso assumido aquando da sua criação.
Aproxima-se o ano de eleições e com isso acentua-se o debate político, nem sempre da forma mais adequada para o blogue e para os intervenientes. Em defesa dos colaboradores e comentadores do MCdS, e para preservarmos a nossa própria capacidade de intervenção, é necessário garantir que este espaço seja credível, para quem nos lê, para quem nele escreve e para quem nos visita. Afinal um blogue é um espaço público e este, em particular, tem o nosso nome estampado no rosto.
Assim, a título excepcional, de maneira a não desvirtuar a intenção que nos move, todos os comentários passarão a ter aprovação prévia.
Apelo à compreensão por esta decisão. Foi tomada considerando os superiores interesses deste projecto que já conta com três anos e ao qual desejamos acrescentar mais alguns de forma responsável e sensata.
Continuação de Boas Festas.

27/12/2008

A “ESTÓRIA“ DO TROMBONE

I
CONTINUA EM ADIANTADO ESTADO DE DEGRADAÇÃO A CAPELA DO CEMITERIO

A noite prometia ser fria a contrastar com o ambiente que nos rodeava. O espectáculo de fogo estava quase a romper, as tochas libertavam uma luz e um cheiro característicos de um combustível fóssil, misturado com um sem número de essências vindas dos países mais exóticos do nosso planeta. Os olhos da multidão começavam a afunilar-se para o centro do terreiro, onde a arte de dominar o fogo iria levar-nos a tempos ancestrais dos nossos antepassados. As paredes construídas há séculos serviam de encosto às barracas que davam corpo à frenética empatia entre os promotores culturais e os amantes das coisas boas, feitas com saber e arte. Estas coisas boas eram a companhia desses amantes que o frio da noite não os assustava. Bastava ingerir uma boa poção aquecida do Deus Baco, misturada com mel de alecrim. O espectáculo do fogo estava cada vez mais próximo, a adrenalina dos artistas empurrava-os para a perfeição da sua arte. Enquanto o cerco ao terreiro era cada vez maior, as conversas tornavam-se mais tímidas dada a proximidade de cada um. Num momento, quando a minha conversa se tornou de interesse comum, soltou-se uma voz, muito perto de mim, que a reconheci, não fosse eu um cidadão desta comunidade. Essa voz, que em tempos muito recentes, era veículo de determinadas posições políticas, alicerçadas num determinismo independentista, era calma e triste. Disse-me essa voz, que sempre a considerei amiga: ”Há dias faleceu o meu pai e tive que ser eu e o meu irmão, a compor a terra da sepultura. Triste terra esta que nem sequer tem coveiro”. Depois perguntou-me, com algum receio da minha resposta: “Tu que andas sempre atento, hás-de dizer-me qual é a melhor escolha para a Câmara de Nelas. Na tua opinião qual é pessoa mais competente? Na Dra. Isaura nunca mais vou votar”. A escassos metros do cerco, que apertava o terreiro, estavam sentados alguns autarcas que tinham sido convidados, onde o saber e a política se tiram misturado. A presença destes autarcas em nada influenciou as frases que tinha acabado de ouvir. Fiquei entre a espada e a parede, neste caso, entre o meio do terreiro e a multidão sem saber o que dizer, porque na realidade nunca me passaria pela cabeça ouvir daquela pessoa o que efectivamente ouvi. Quantas vezes, o vi tomado da sua bandeira, como se de uma arma se tratasse. Qual será a dimensão da sua amargura pelo que vê hoje à sua volta? Nessa noite fria, entre o calor humano e o fogo tomei consciência que o povo da minha terra tinha aprendido a lição. Nessa noite fria poder-lhe-ia ter tomado a linha do seu pensamento, não o quis fazer, preferi que a sua consciência decida em consonância com os valores em que foi educado. Em todas as conversas há sempre algo que fica, que aprendemos e nessa noite fria, entre o calor humano e o fogo, guardei na minha memória, o termo “competência. Outras noites não muito distantes, que também fomos marcados, mas negativamente. A esses malabaristas da política temos que os combater com competência, rigor e muito trabalho. Amigos perdidos, empresas falidas, processos pelos excessos praticados, atentados à democracia, vergonhas sentidas, um sem número de coisas que nos colocaram de costas uns para os outros, para agora continuarmos a ser manietados por gente que todos os dias nos enganam. Sim, enganam. As últimas notícias dizem-nos que as obras da capela do cemitério foram outra vez adiadas, por gente que no início de mandato diziam que as pessoas mereciam ter uma morte honrosa. A fotografia mostra uma capela em péssimo estado de conservação, que suspira: “reparem-me, estou farta de esperar”. As últimas notícias revelam-nos que a reparação da Rua Tiago Marques foi trocada pela compra de um trombone. Nós continuamos a esperar e a Junta de Freguesia continua muda, sem marcar comícios na Praça, sem denunciar estes atropelos a esta terra. Só marca comícios para abater os que não fazem parte da estratégia, mas não vamos ter medo dos comícios. É uma forma remota de comunicação. Há uma enorme cumplicidade entre a Câmara e a Junta. Antes, tudo estava mal. Agora continua tudo na mesma, mas ninguém atropela ninguém. Antes as pessoas que iam a Fátima nos autocarros da Câmara chegaram a ser mal tratadas. Hoje vão três autocarros com pessoas para Fátima e as manifestações de revolta não se vêem. Percebe-se perfeitamente porque é que isso acontece. Deixaram de ser injectadas com veneno que demoliu o que de bom possuíamos. Antes colocavam couves em cada buraco que aparecia, hoje abrem e fecham buracos e passam por eles como cães por vinha vindimada.

II

E A REPARAÇÃO DA RUA DR.TIAGO MARQUES FOI TROCADA PELA COMPRA DE UM TROMBONE, NUMA ALTURA ONDE AS FESTAS SÃO EM MAIOR NÚMERO DO QUE AS OBRAS.

Já que a autarquia trocou a reparação da Rua Tiago Marques pela compra de um trombone, em verbas completamente distintas, o que é muito grave, a nossa imaginação vai levar-nos aos tempos em que fomos governados pela monarquia.
Um dia um ilustre Cavaleiro da Casa Real foi mandatado pela Rainha para presidir a um acto de elevado nível cultural. A meio da cerimónia foi confrontado com a brilhante actuação de um músico que agarrado a um trombone deliciou todos os presentes. No final da cerimónia, o ilustre Cavaleiro da Casa Real foi ter com o músico dando-lhe os parabéns pela sua brilhante actuação, mas o excelente músico, muito triste, disse ao ilustre Cavaleiro da Casa Real: “Estou muito triste. Esta é a última vez que toquei neste trombone que foi feito do metal mais puro e pelo melhor artífice do reino”. O ilustre Cavaleiro da Casa Real quis saber o que é que na realidade se estava a passar. O músico, cada vez mais triste, com as lágrimas quase a caírem dos cantos dos olhos, disse: “Ilustre Cavaleiro, vou deixar de tocar com este trombone porque não temos 1.600.000 reis para o pagar”. O ilustre Cavaleiro da Casa Real mal que ouviu as palavras do excelente músico, meteu as mãos à sua bolsa retirando uma mão cheia de moedas, dizendo-lhe: “aceite estas moedas e vá pagar o trombone. O músico ficou extremamente grato e fez uma grande vénia ao ilustre Cavaleiro da Casa Real, dizendo-lhe que não tinha forma de lhe agradecer. Acabada a grande festa com convivas de todas as partes do reino, o ilustre Cavaleiro da Casa Real, regressou na mesma noite, com o propósito de, no dia seguinte reaver o valor que tinha oferecido para o trombone. Afinal tinha feito uma excelente figura, a Casa Real tinha ficado bem representada e ao fim de contas o Tesouro do Reino, pelo valor em causa também não iria ficar numa situação desesperada. Na manhã do outro dia, a sua primeira preocupação foi ir ao serviço do Tesouro do Reino, reaver o valor que tinha dado ao famoso músico para pagar o trombone. Para seu espanto a verba de que precisava já não existia no departamento cultural do reino. Bem, como aquele dinheiro lhe pertencia, acabou por forçar que o valor em causa fosse retirado de uma outra verba do reino, aquela que diz respeito à pavimentação dos caminhos. Feitas as devidas normativas, o ilustre Cavaleiro da Casa Real, deu por concluída a acção benemérita, lembrando-se que quando ouvisse boa música a história do trombone voltaria à sua memória. Os tempos passaram, o inverno estava à porta e um dia o Chefe da Casa Real, ao passar por um determinado caminho, verificou que o seu estado de conservação estava a dificultar a passagem das charretes do reino. Como tal, dirigiu-se ao serviço do Tesouro para lhe ser disponibilizada a verba que já estava programada quando fosse necessário utilizar. Para seu espanto, os serviços do Tesouro disseram-lhe na sua cara, que a verba já tinha sido gasta. O Chefe da Casa Real perguntou: “Mas para onde é que foi o dinheiro?”. A responsável dos Serviços do Tesouro respondeu de imediato: “Foi para a compra de um trombone”. O Chefe da Casa Real, em alta voz declarou: “ Mas quem é que deu ordem para comprar o trombone? Não poder ser. Esse dinheiro era para compor o caminho que dá acesso ao castelo do Dr. Tiago Marques, no povoado de Canas de Senhorim. O barulho foi tanto que os outros serviços do reino durante vários dias não falavam senão da troca do trombone pela reparação de um caminho do reino.
Resumo da “estória”: trocou-se uma rua por um instrumento de música. Mas que se esperava de uns (maus) músicos?


Nota: Este texto foi retirado do "informação socialista/nelas" nº 6 Dez/08

26/12/2008

O PCP apoia a Restauração do Concelho de Canas III

Histórica Assembleia Popular de 1975_César Lopes,Edgar Figueiredo(1º Líder do MRCCS), Fernando Pinto,António Pêga, Antº João Miranda, João Leandro, e milhares de outros canenses no Largo da Igreja, manifestam-se a favor da Restauração do Concelho de Canas.

Caro Miguel Tiago, estava longe de imaginar que respondesse directamente no blogue aos nossos comentários. Essa disponibilidade e consideração são de enaltecer e, por simpatia, dignificam o partido que representa.
Quanto à temática (restauração do concelho de Canas) é perfeitamente legítimo que os canenses criem expectativas relativamente à posição do PC, independentemente da conjuntura política nacional, da estratégia político-partidária local ou das opções administrativas regionais. A maioria dos canenses (o povo), ainda que não os ignore, está-se borrifando para esses preciosismos políticos, sentiu e sente na pele os efeitos nefastos de toda essa argumentação, foi ultrapassado no seu ensejo por esquemas de bastidores muito estranhos e já não tem paciência para meias palavras; a atitude da câmara de Asnelas continua a secundarizar e a protelar os nossos interesses, insistindo numa visão política “umbiguista”, de investimento exclusivamente centralizado na sede do município e, mais do que tudo isto, Canas e Asnelas nunca ultrapassarão o estigma criado e patrocinado pelo despotismo do “cacique” cá da zona que presidiu ao destino do concelho durante 20 anos e que nos remeteu para uma espécie de dormitório (por vontade dele até nos apagava do mapa). Se a isto somar as razões históricas que suportam a nossa “luta” e a forte consciência política que herdámos do passado recente enquanto comunidade “operária”, facilmente perceberá que palavras “amáveis” já não nos alegram. A única solução á a auto-determinação, a devolução a este povo da sua autonomia política e administrativa, do seu destino – o Município de Canas. E sobre esta matéria, citando um camarada seu “ou se está a favor ou contra nós”, não há cá meios termos nem palavras simpáticas. E olhe que já experimentámos essa via, fomos pacientes, auscultámos as diversas sensibilidades, confiámos no discurso político dito “responsável”… debalde.
Foi nesta perspectiva que adjectivei a sua entrevista e a actual posição do PC.
Cumprimentos (canenses)

comentário de Portuga Suave
à Entrevista de Miguel Tiago

RELATÓRIO DE CONTAS


OBRAS DE REMODELAÇÃO DA CAPELA Stª BARBARA – MINAS DA URGEIRIÇA

A noite ganhou outra alma!!!







25/12/2008

Bom natal para todos!

Todos sabemos que não andamos nisto por sermos autênticos surdos-mudos, se estamos aqui é porque temos algo para dizer de uma forma mágica, ao fim ao cabo, todos somos a magia das coisas, é importante a comunicação entre as pessoas, saber dizer e saber principalmente ouvir coisas, a todos desejo através desta forma simples e humilde um Natal bonito e cheio de coisas mágicas. Muito Obrigado a todos, por este ano magnifico. André Jesus.

24/12/2008

Natal 2008


Os administradores do blogue Município de Cannas de Senhorym desejam a todos os canenses um Santo e Feliz Natal.

Um Natal diferente...

Sindicato dá 400 euros aos jogadores do Nelas
FUTEBOLISTAS ESTÃO SEM RECEBER DESDE OUTUBRO


O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) deu hoje 400 euros do Fundo de Garantia Salarial a cada um dos 15 jogadores do Nelas, clube que disputa a série C da II Divisão. Os futebolistas não recebem os seus salários desde Outubro.

Na tarde desta terça-feira, a direcção do SJPF esteve reunida com os jogadores, a maioria amadores (apenas Everton, Gomes e Márcio são profissionais), na sequência de um pedido de ajuda urgente, devido a problemas de natureza salarial, médica, treino desportivo, alimentação e habitação.

"O sindicato, além de dar apoio humano e técnico aos jogadores, hoje também deu apoio material, 400 euros a cada jogador do Fundo para minimizar os seus problemas nesta quadra", confirmou o presidente do SJPF, Joaquim Evangelista.

O dirigente sindical afirmou ainda que vai tentar junto do clube, das instâncias locais, nomeadamente da Câmara, e da Federação para que "possa haver um clima de diálogo e de resolução deste problema".

"É pena que, na altura em que estamos, sejamos confrontados com estas situações, mas infelizmente é aquilo que é visível no futebol português, porque a dimensão do drama que vivem os jogadores sobre vários aspectos é terrível", disse Joaquim Evangelista.

No caso do Sport Lisboa e Nelas, apontou vários tipos de "atropelos", que ultrapassam o atraso nos salário, frisando que se trata de montantes de "300/400/500 euros, que fazem muita diferença no final do mês".

Joaquim Evangelista revelou que "o clube não tem médico, não há medicamentos, não há equipamentos médicos, não há ginásio" e, por outro lado, "não há treinador, o plantel tem 15 jogadores e no último jogo só havia oito disponíveis, mais dois guarda-redes e sete juniores".

"Na última deslocação aos Açores, há duas semanas, a saída ocorreu num sábado às cinco da manhã, não houve lugar a almoço, no domingo o almoço que precedeu o jogo foi insuficiente, o jantar decorreu às 19:00 e os jogadores, até à sua chegada a Nelas, às cinco da manhã, nada mais comeram. Há uma senhora que lhes prepara a comida, mas desde há algum tempo que não chega e não tem a qualidade suficiente a um desportista profissional, ou não há pão, água, massa. Já houve jogadores despejados e que, antes disso, estiveram três meses sem água quente, sem gás e por vezes sem electricidade", sublinhou ainda o presidente do SJPF.

Data: Terca-feira, 23 Dezembro de 2008 - 21:57 in Jornal RECORD

23/12/2008

Natal, no espaço compreendido entre dois segundos.

"Natal não é uma época nem uma estação, mas um estado da mente. Apreciar a paz e benevolência, ser abundante em clemência, é ter o real espírito de Natal."

Eu passei pelas pessoas naquela noite.
Eu andei com as pessoas.
Mas era como se andássemos juntos á muito
e conhecêssemos os passos uns dos outros.

Como a água doce e a hidra
os fungos, os líquenes, as algas
e os gestos de erectos caules
mordidos por insectos.

Como a desintegração do átomo
as bolhas de azeite, os brincos
os pavios de anais, as velas, o fumo dos navios
as crenças incólumes
a resina incendiaria
as manhãs despidas de alquimias falsas.

A vontade de partir não mais permaneceu
antes o lado são das faces, todo cresceu.


começava a mudança
talvez dentro das próprias pessoas
como se atitudes devastadoras
existissem e evidenciassem outros mundos
em forma de freixo, cravo ou amora
brinquedo devolvido unicamente ao real
esperança partilhada
no espaço compreendido entre dois segundos.
**
©efeneto
**

21/12/2008

Saídas do Baú - Desporto (quase) Escolar

Houve em tempos um homem que está connosco, mas já não está entre nós, que por pura carolice organizava provas de atletismo, costumavam ser no 25 de Abril e também a 1 de Maio... ou noutros feriados. Como as provas eram de manhã, por vezes coincidiam com a missa e o Sr. P.e Domimgos afinava que nem queiram saber...
Como pertencia ao CAT convidava sobretudo filhos dos trabalhadores da CPFE, mas se algum jovem lhe chamasse a atenção pela sua compleição fisica e prestação atlética não o deixava ficar para trás, tinha olho!!
Aqui fica mais um enigma para desvendar, um registo de atletas de Canas de Senhorim que levou para participarem numa prova de Atletismo em Lamego, há ...talvez 34 anos!!
Esse homem chamava-se Albelto Moura mais conhecido como " Bé Moura", aqui fica esta foto em jeito de homenagem.

20/12/2008

O PCP apoia a restauração do Município de Canas II



O PCP compromete-se sempre com a defesa dos interesses do povo, seja ela por via da restauração de um município ou por via da despromoção de outro. Para o PCP, os compromissos são claros e muitas vezes custam-lhe votos, porque não alinha na cantiga de querer agradar a todos. Infelizmente, os Partidos que preferem a mentira, assim agradando a gregos e troianos, têm sempre visto recompensado o seu estilo demagógico e mentiroso. Independentemente dos votos que isso nos tire, tenho orgulho em fazer parte de um partido que não faz parte desse jogo. Os compromissos do PCP para a região, não sou eu que os assumo ou deixo de assumir, estão há muito definidos colectivamente pela organização regional de viseu do PCP, nomeadamente através da resolução política aprovada na assembleia dessa organização.



Um abraço a todos e boas festas.
Comentário de Pedras Contra Canhões em
"O PCP apoia a restauração do Município de Canas"

"Chorámos agarrados os colegas mortos"


As minhas memórias estão marcadas pelo sangue daqueles que vi combater e tombar em nome da Pátria. E também pela fome e sede constantes por que passei durante dois anos.
Assentei praça e fiz a recruta no Regimento de Infantaria 7, em Leiria. Passados seis meses fui tirar especialidade de atirador de morteiro de calibre 60 mm. Sabia que, mais dia menos dia, ia para a guerra do Ultramar e não me enganei. Em Outubro de 1965 embarquei, contrariado e revoltado, no navio Niassa com destino à Guiné-Bissau. Na viagem, que demorou perto de uma semana, passei muita fome e sede e apercebi-me logo daquilo que me iria acontecer nos dois anos seguintes. Chegámos desidratados.
Os primeiros três dias deviam ser de descanso para a formação da companhia, mas sofremos logo a primeira emboscada: estávamos a atravessar um rio de barco, com destino ao aquartelamento de São Domingos e Varela, e fomos atacados a tiro por uma força inimiga. Quem sabia nadar salvou-se e os outros foram ajudados ou morreram. Foi muito triste ver morrer cinco camaradas de repente e ainda só estávamos há uma semana na Guiné. Quando ficámos a salvo agarrámo-nos todos uns aos outros e chorámos as mortes dos nossos militares.
Uma semanas depois do primeiro massacre, aconteceu o segundo. O meu pelotão estava parado em Biambi e foi atacado pelos guerrilheiros. As nossas casernas eram valas comuns, sem qualquer tipo de defesa. Tivemos mais cinco baixas. O ataque foi muito violento e eu fiquei gravemente ferido num braço. A confusão foi tão grande que o nosso comandante desabafou de uma maneira que nunca mais me saiu da cabeça: 'Em caso de dificuldade extrema guardem pelo menos a última bala para vocês próprios!' Uns meses depois, a minha companhia foi desviada para o quartel de Ancheia, onde parecia estarmos fora da guerra, o que se revelou ser puro engano. Fomos atacados várias vezes pela população, que de dia gostava de nós, mas de noite nos via como inimigos.
Em Junho de 1966 fomos alvo de outro ataque violento. Os inimigos queimaram as pontes dos rios e nós, para fugir, tivemos de passar um deles por cordas, com a G3 e o saco às costas, com cuidado porque havia muitos crocodilos esfomeados. Na altura, valeu--nos a intervenção dos aviões Fiat da Força Aérea. Mas a situação no campo de batalha esteve complicada, porque ao dispararem para o meio do mato denso causaram involuntariamente baixas entre as nossas forças. No regresso ao quartel houve mais confrontos com os inimigos, mas o pior foi fazer 40 km a pé, numa selva pejada de cobras venenosas, passando muita fome e sede.
Por aquela altura fomos, pela primeira vez, à bonita praia de Varela Suzamar, mas mais valia não o termos feito. A água estava contaminada e ficámos com graves problemas de pele. Muitos camaradas estiveram às portas da morte ou ficaram com marcas para sempre. Antes da guerra, aquela praia era muito procurada por turistas portugueses, mas quando lá estivemos as casas de campismo estavam destruídas.
No quartel de Biambi, as condições eram muito precárias: dormíamos em valas comuns e quando decidimos cortar troncos para construir uns barracões mais dignos com a nossa condição de combatentes, mas humanos, os turras não descansaram enquanto não os incendiaram. Num dos confrontos, fomos apanhados desprevenidos e tivemos mais duas baixas; dois camaradas executados a sangue-frio, sem hipóteses de defesa. Por incrível que pareça, o que nos valia muita vezes eram os mosquitos, que não nos deixavam dormir e assim estávamos sempre em alerta. Houve semanas em que não dormi por causa dos insectos mas, sobretudo, por não conseguir esquecer a barbaridade de uma guerra que inundou de sangue a nossa Pátria.
Mas nem só na morte se baseia a minha passagem por África. Durante quase dois anos também conheci, fora da companhia, muita gente boa e passámos bons tempos, com muitas bebedeiras e farras. Eu era dos mais activos. Foi minha a ideia de criar uma conjunto musical – Kassum Kup’ –, com instrumentos de pouca qualidade, mas afinados. Fizemos grande sucesso, sobretudo junto das mulheres. Éramos os artistas da zona, mas muitas vezes só tivemos homens na plateia – as chamadas ‘madames de chicote’. Um dia fomos premiados com a actuação de um artista a sério: o Badaró. Ofereceu-nos um espectáculo memorável.
No entanto, estes divertimentos não bastavam para fazer esquecer a fome, que não nos largava. Uma vez, durante uma operação de patrulhamento, um colega disparou cinco tiros, para matar uma gazela, mas acabou por abater um macaco gigante. Levámos o animal para o quartel, que foi cortado aos bocadinhos e cozinhado. Muitos camaradas estavam, de início, com relutância em comê-lo, mas a fome era tanta que não se podiam dar ao luxo de recusar aquela carne rija. Eu só provei o molho, que até nem estava muito mau.
Em meados de 1967 regressei à Metrópole. Lembro com saudade os bons tempos passados com os camaradas, mas as principais recordações estão pintadas pelo sangue dos militares mortos a defender a Pátria.
'UMA VIDA MUITO COMPLICADA MARCADA POR VÁRIOS COMBATES'
Quando regressou da Guiné-Bissau, José Maria da Cruz foi viver para Canas de Senhorim. Casou, teve três filhos e candidatou-se PSP. Esteve cinco anos a patrulhar as 'complicadas' ruas de Lisboa, mas não descansou enquanto não obteve autorização de transferência para Viseu, o que conseguiu 'com muito custo'. Nesta cidade, esteve ao serviço durante 30 anos, até se reformar. 'Na polícia também vivi situações muito complicadas. É claro que não foi tão difícil como combater na guerra do Ultramar, mas muitas vezes tive de ter sangue frio para resolver algumas situações a bem', refere o ex--combatente, que agora passa os dias a descansar em casa. 'Tive uma vida muito complicada, marcada sempre por muitos combates', recorda José Maria da Cruz.

A Minha Guerra - José Maria da Cruz, Guiné-Bissau

19/12/2008

Desporto Escolar

Reportagem em "slide" da prova de corta-mato [desporto escolar], no seu MSZone

17/12/2008

Torneio quadrangular de basquetebol em 1983

Gostava de apresentar a equipa de Canas, mas não tenho essa foto. Apenas aparecem os árbitros, o Sr. Batista que era um dos treinadores do Canas e o saudoso Abílio Guerra que jogava nos juvenis e também arbitrava jogos.
Na última imagem podemos ver outro saudoso amigo de Canas e do Desportivo, Carlos Maria.




Escola Eng. Dionísio Augusto Cunha, Canas de Senhorim_1983

Comunicado do GDR Canas de Senhorim


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Saídas do baú

Pode ser que surjam prémios para quem acertar nos retratados e o ano a que respeitam as fotos!
Estamos na fase de angariação de patrocínios, mas já ningém vai na conversa!!!


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GDR Juvenis

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Jogo de Futsal de Final de ano Profs/Alunos

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Jantar de Natal da Mega Rádio, no "Caçoilo"

Bernardete Marques

Nada melhor para promover Canas pelo Mundo do que um site acabadinho de fazer! Juntamente com uma ida à Praça da Alegria na próxima terça-feira! Assim está lançado mais um projecto canense na web!
Felicidades para a Bernardete!
Visitem o Site!

15/12/2008

Quo Vadis?!?... X

Porque, apesar de tudo, ainda se fazem coisas boas em Canas de Senhorim deixo-vos aqui um eco que nos chegou sobre a actividade nacional que ocorreu na nossa terra nos passados dias 6, 7 e 8 de Dezembro.



"Hoje, foi um dia diferente dos outros
Porque eu até amei e fui amado.
Hoje, o sol brilhou de verdade
Tudo foi claro e com vontade.

Não sei explicar a sensação de caminhar com a chuva na cara, já dizia alguém do 320. E eu agora sublinho essa frase e assino por baixo. Convosco não sei explicar nada. Toda e qualquer palavra que existe e que possa tentar definir aquele fim-de-semana é pouco para aquilo que vivemos.
Confesso que ao início estava um pouco apreensiva, mas aos poucos tudo se foi iluminando. É incrível como me fizeram ver as coisas de forma diferente. Ainda ontem ao falar com o Didi comentámos isso, a felicidade com que vocês, Escuteiros do Norte, fazem as coisas. E a felicidade que nos transmitiram. Em cada jogo, em cada corrida, em cada canção.
O Quo Vadis deixou sem sombra de dúvida uma marca muito forte em mim, o regressar à inocência e corrigir os nossos pecados, não são coisas que se possam fazer todos os dias. Mas nós conseguimos.
Nós não fomos só o Aníbal ou a Gertrudes, nem fomos sequer o número 10. Nós fomos um. Um Clã. Um Grupo. Uma vida com muitas experiências diferentes.
Não consigo tirar o sorriso da cara, por mais infortúnios que aconteçam. Parece que vocês conseguiram fazer com que tudo se transformasse em coisas boas.
Sinto ainda mais desejo de usar a farda, de caminhar à chuva, de meter o gorro na cabeça, o lenço ao pescoço. Sinto até saudades de não adormecer porque todos dormem em voz alta.
Releio o caderno da nossa Escola, olho a insígnia e tudo o que de bom trouxe.
Lembro-me de todo o amor que partilhámos.
Todo o carinho, toda a ajuda, toda a preocupação.
Todos os olhares de cumplicidade que me faziam querer ficar para sempre em Canas.
Sinto o coração a bater tão forte, parece que ganhei uma nova vida.
E pouco foi o tempo que passou, mas já é tanta a saudade.
A todos vocês que fizeram de mim ferramenta útil, e menina de verdade um muito obrigado.
Ficarão para sempre marcados no meu coração.
Foi um prazer.
Clã Torno,
Rijo que nem um corno."

Fotos Ba...Canas

GDR Camadas Jovens 1987
Em cima:
Prof. Adriano, Emanuel Camilo, “Tito” Mouraz, Filipe Pais, Rui Pedro, Luís Seixo, Ricardo Nelas, Miguel Ângelo, “Tony” Machado e João Marques.
Em baixo:
Filipe Loureiro, Paulo Reis, Pedro Reinas, Eduardo Silva, Ricardo Figueiredo, Nuno Alves, Luís Miguel, “Cavaquinho” (cap.), Paulo Pataco e Pedro Lourenço.
[gentileza de Manuel Henriques]
Nota: Tal como diz a canção; Os “putos” que aprenderam a ser homens. Tal como digo eu; na foto ainda há Homens a “fabricarem os putos” do GDR Canas de Senhorim
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Defendo a paragem dos campeonatos distritais de futebol nos meses de Dezembro e Janeiro, principalmente nos escalões de escolas e infantis. Como demonstra as imagens, os “putos” não merecem isto. Só quem os acompanha é que sabe.
Parafraseando o amigo “farpas”
Posso falar?!... Posso falar?!... Nem que não pudesse!!
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Algum do espólio do GDR Canas de Senhorim na véspera do seu aniversário. Na segunda foto a primeira taça conquistada. Em breve toda a história possível. (continuo á espera de fotos, documentos etc. Agradeço.)

14/12/2008

Trovão & Faísca XVIII


13/12/2008

PS vs PSD

Crónicas da Galinha Riça - Regabofe


    Não consigo evitar uma gargalhada perante a promiscuidade com que certos políticos animam os corredores onde desenrolam as querelas pelo poder. O caso do nosso concelho e das lutas pelo poder concelhio é um manancial de traições e infidelidades, um autêntico regabofe. Senão vejamos:
    José Correia, abandona o PSD há cerca de 20 anos, muda-se para o PS e ganha a câmara de Nelas. Por sua vez, Isaura Pedro que acompanha José Correia no PS e na Câmara, rompe com ele, abandona o PS e concorre pelo PSD às eleições de 2005, as quais viria a ganhar com o apoio do então Vice-Presidente Borges da Silva, o qual, após alguns meses no executivo, abandona o PSD para catrapiscar os olhos ao PS.
    Confusos? Calma que ainda há mais… José Correia, após perder a Câmara, apoiou para a liderança do PS, Francisco Cardoso, um militante de Canas, curiosamente a freguesia onde tem os seus mais impiedosos inimigos políticos. Porém, num golpe de asa, o PS tira da cartola o desconhecido Adelino Amaral e remete José Correia para terrenos independentes, onde, mantendo a senda do regabofe, alinha numa parceria anti-natura com Borges da Silva, o tal, que em tempos, a propósito do caso Topack, disse cobras e lagartos dele, mas, pelos vistos, não tão mal que impeça agora este casamento anunciado. Diz-se que ambos estão ressabiados com a Curandeira, José Correia pela derrota em 2005 e Borges da Silva pelo afastamento do executivo camarário… isso mesmo, ambos acusam incómodo perante a técnica de palpação rectal que lhes foi infligida pela doutora. Vai daí, aprestam-se juntos a recuperar o poder, imbuídos no mesmo espírito de vingança e partilhando o mesmo sentimento de humilhação.
    Mas não fica por aqui: do outro lado da barricada, isto é, cá do nosso lado, o MRCCS luta por “Canas de Senhorim a concelho”, mas apoia a Junta que se identifica com o PSD, partido da Curandeira, que por sua vez se opõe à divisão do concelho.[...]
    Galinha Riça escreve no blog mulheres-de-canas.blogspot.com

    PP: Concelho de Canas de Senhorim ? Sim, Obrigado!


    Concelho de Canas de Senhorim _1 2 - 0 3 - 2 0 0 0_Paulo Portas
    Extractos do discurso no Mercado da Vila de total apoio à criação do Concelho de Canas de Senhorim


    Minhas amigas e meus amigos, eu queria, em primeiro lugar, fazer uma saudação muito especial a todos e todas os Canenses que aqui estão, independentemente da sua ideologia, esta causa, deste Concelho, que há-de ser restaurado, não é uma causa partidária, é uma causa de justiça à disposição de todas as pessoas de bom senso e boa vontade.
    Quando me perguntaram se eu era favorável à criação do Concelho de Canas de Senhorim, eu respondi: - Canas de Senhorim, sim obrigado.

    Quero que saibam, que digo aqui, o mesmo que diria em Asnelas, que digo aqui, o mesmo que diria na Assembleia da República, ou seja, defendo a criação deste Concelho porque é justa a aspiração dos seus cidadãos e das suas famílias a disporem de órgãos de governo próprios. A democracia faz-se de autenticidade e de verdade, e como aqui foi dito, se há uma expressão natural da vossa vontade e de que realmente a expressão legítima das aspirações das famílias e dos cidadãos do futuro Concelho de Canas de Senhorim está aqui presente e revelada, é que aqui com serenidade, com simplicidade, com naturalidade, com democraticidade pessoas de diferentes ideologias se encontram emanadas numa causa o direito a terem um Concelho.
    Quando nos perguntarem na Assembleia da República porque somos a favor, a resposta tem apenas três palavras, porque é justo.
    Se as vossas famílias consideram que estão a ser discriminadas pela autarquia que hoje tem a tutela da vossa terra, se os contribuintes consideram que os impostos que pagam não são devidamente remunerados do ponto de vista dos serviços que o Estado lhe presta, se os cidadãos sentem que o poder devia estar mais próximo deles próprios e em certo sentido não do ponto do vista da legalidade mas do ponto de vista da legitimidade o poder que vos governa não é sentido como vosso governo, então meus amigos é bom que os políticos que têm a responsabilidade de criar ou não criar um Concelho tenham a coragem firme e serena de aqui vir ouvir e perceber.
    Queria em todo o caso deixar uma palavra clara relativamente ao que aconteça até que
    chegue o dia em que a vossa bandeira encarnada e amarela, seja a bandeira do vosso Concelho.
    Quer ao presidente da câmara de Asnelas quer ao governo ninguém tem o direito de prejudicar ninguém por delito de opinião, a democracia foi conquistada para que a diferença seja respeitada a CMAsn não tem o direito a prejudicar a população de Canas de Senhorim só porque
    a população de Canas de Senhorim que paga os seus impostos quer ser Concelho.
    É preciso dizer aos democratas de todas as cores políticas que o direito que os cidadãos pretenderem organizar na sua terra um Concelho é um direito protegido e que em nenhuma circunstância vocês podem ser prejudicados por aquilo que querem ou por aquilo que pensam.
    A única matéria que pode estar em cima da mesa é a consideração de saber se é justo apropriado e razoável o desejo da população de Canas de Senhorim ter um Concelho, não pode interferir na decisão a previsão deste ou daquele partido de que se der o Concelho ganha uma câmara se o negar não perde uma câmara.
    Estou aqui porque acho justa a vossa aspiração e gostava de deixar portanto com esta legitimidade e com esta autoridade que os partidos políticos tomem uma decisão nesta matéria em função do que vocês merecem e não do que eles esperam.
    Mantenham a firmeza na defesa do vosso propósito, mantenham a serenidade na forma como lutam, em democracia as instituições podem demorar a perceber as populações, mas um dia percebem-nas.
    Vocês têm a força da razão, ninguém deve usar contra vós a razão da força, até porque se o fizer, não ganha nada com isso, aqui as pessoas são de carácter acreditam numa luta, a história vai por vós e o que vocês querem é apenas devolver ao futuro o que o passado já vos deu!
    Têm o nosso compromisso os vossos representantes sabem que ele é para valer queremos ajudar-vos a vencer.


    Bem hajam.
    Viva Canas de Senhorim!

    12/12/2008

    Da Pantanha ao Mondego

    Reconstrução de Capela na Felgueira