Canas OnLine

31/05/2007

Campeões

A equipa de seniores do Grupo Desportivo e Recreio de Canas de Senhorim sagrou-se campeão da 1ª Divisão Distrital.
Este resultado confirmou a excelente época realizada e para ele foi decisiva a prestação de dirigentes, atletas e equipa técnica, bem como o apoio de todos aqueles que acompanharam a equipa neste percurso de sucesso. Em última análise foi Canas de Senhorim que saiu vencedora, e, como tal, somos nós, os canenses, que lhes devemos prestar o devido reconhecimento.
O blog MCdS manifesta assim regozijo pelo êxito alcançado e felicita efusivamente todos os elementos que contribuíram para este feito.
Aproveitamos para transcrever do blog do GDR o testemunho do treinador Jorge Valente, responsável pelo fantástico desempenho da nossa equipa. Para ele os nossos parabéns e votos de mais sucessos futuros.


ORGULHO

por Jorge Valente no blog GDR

A história do GDR Canas de Senhorim relativamente à época futebolística que agora finda resume-se à grandeza de carácter do seu extraordinário grupo de trabalho; assente num talento inquestionável, na determinação, na união, na humildade, na raça, na capacidade de sofrimento e na exigência para consigo próprio. Exigência essa, de um comprometimento individual para com um esforço conjunto visando a realização de um SONHO COMUM; SER CAMPEÃO.
Estávamos conscientes de que se o caminho traçado era repleto de dificuldades e grandes obstáculos, também a consciência transmitia serenidade pela extraordinária confiança que tínhamos nas nossas capacidades para o conseguir. O repto passava indubitavelmente por nunca perdermos o talento e a humildade, trabalharmos com coragem, percebermos que para sermos campeões teríamos de sofrer e inquestionavelmente não nos preocuparmos em ser mais e melhores do que ninguém. O que queríamos era ser mais e melhor do que éramos “ontem/hoje”. A nossa luta era connosco próprios; esquecer aqueles que acreditavam que nos refutavam quando repetiam incessantemente a sua própria opinião e não consideravam a nossa. Nisso FOMOS ENORMES, daí o orgulho em liderar este maravilhoso grupo de trabalho.
Soubemos separar necessidade de vontadezinhas. Todos estivemos disponíveis para sofrer e nos sacrificarmos para o colectivo. Não se pense contudo, que tudo foram facilidades. Não estaria a ser transparente e verdadeiro se o dissesse. Passamos por momentos de algum tormento, pela perda de sete pontos no nosso Complexo Desportivo (1ª volta), pois fora de portas estávamos 100% (cem por cento) vitoriosos. Com isso perdemos o primeiro lugar e ainda teríamos de percorrer toda uma segunda volta com batalhas decisivas nos campos dos nossos adversários directos: Carregal, Santar, Molelos e Canas Santa Maria. O cenário afigurava-se gigantesco. Talvez por isso, os arautos da desgraça logo vaticinaram grandes hecatombes.
Nós, não perdemos a calma nem a lucidez. Havia estabilidade emocional no grupo, uma inegável convivência e cumplicidade entre todos, de forma a criarmos um escudo protector de problemas. Afinal, não só não caímos, como ainda recuperamos o 1º lugar que nos fugiu apenas durante quatro jornadas. Nesses momentos de adversidade, animo e coragem, ajudaram a conquistar o êxito, muito mais do que um exército o teria conseguido.
HOJE SOMOS CAMPEÕES, conforme eu próprio vos havia dito (24 de Setembro de 2006, 1ª eliminatória taça Sócios de Mérito) e prometido iria acontecer. Apenas falhei no prognóstico das derrotas; mas, continuo a pensar que teria sido possível chegarmos ao final sem termos conhecido esse sabor tão amargo. Isto porque acreditava muito, tanto no meu trabalho como em vocês, na vossa capacidade, no vosso talento, queridos atletas. Também por isso, não tive qualquer receio em colocar a fasquia bem mais alta do que nos pedia a direcção: não bastava subir, podíamos e devíamos alargar horizontes, ser campeões, respeitando a máxima de sermos cada vez “mais e melhor do que éramos ontem/hoje”. E, foi esse sonho a nossa FONTE DE ENERGIA.
Neste dois últimos desafios, nestas duas ultimas batalhas, aquelas que determinariam o campeão, numa fase muito adiantada da época (não nos esqueçamos do desgaste de termos participado na Taça de Portugal, na taça Mérito, todas as eliminatórias com equipas da divisão de honra), vocês deram a imagem de uma equipa com saúde física e mental, possuidora de inegável valor. Tivemos duas grandes penalidades assinaladas contra nós, sempre em situação de desvantagem nas duas mãos e, não nos escudamos nessas avaliações; antes, tocamos a rebate, reunimos forças e lutamos pelo que merecemos. Também aqui vocês foram grandes. O que me encheu de orgulho ouvir pessoas comentar que a Rádio Voz de Mangualde, que efectuara o relato tanto no campo Nossa Senhora de Fátima como do nosso Complexo Desportivo denominou a equipa do GDR Canas de Senhorim de: “excelente equipa em termos colectivos, uma equipa que sabe bem o que quer, que é intencional, muito técnica e com bons executantes…”. Mas, a minha maior alegria foi ver – vos campeões.
Por tudo que fizeram, pelo que se solidarizaram, por todo o sacrifício e talento demonstrado foi justíssimo o alcance deste feito. O protagonismo é vosso; eu (quando falo em mim está implícito naturalmente o meu leal e amigo/colega Artur) apenas me preocupei em trabalhar bem, organizar bem, e criar bom ambiente. E, porque quando se fala de futebol quase sempre são esquecidos outros interpretes que não jogadores, treinador, directores e massagistas, queria aqui deixar um muito obrigado ao nosso amigo Sr. António pela forma afável e incansável que colocou no seu trabalho proporcionando bem estar aos meus atletas. Obrigado e um abraço de fraterna amizade para com todos e em especial para com aqueles que lidaram directamente comigo nestes 10 meses de ininterrupto trabalho: os meus Enormíssimos Atletas. Trabalhamos, deixamos obra. Estamos de consciência tranquila e satisfeitos por termos feito muitos outros também felizes.
A terminar fica o apelo a todos os sócios, adeptos e simpatizantes do Canas e aos Canenses em geral para estarem no próximo dia 1 de Junho no jantar de homenagem aos campeões.

neo-realismo


Nuvens negras sobrevoam os ceús da Urgeiriça.
Pior que as nuvens é o radão residual que impregna a atmosfera e que vai fazendo caminho pela vida das populações e o sangue dos trabalhadores.
Não é a silicose dos mineiros o que reduz a vida de quem deixou na mina, nas minas de urânio e na unidade de processamento do "bolo amarelo", o seu tempo, o seu trabalho e a sua vida. São os derrivados radioactivos, o césium e o torium, é o gaz inodoro e invisível, o radão, que deixa as suas marcas, que o tempo se encarrega de desenvolver...
Cordas vocais cortadas, tiroides tiradas, e o iodo a colmatar o défice, quando este não atinge o pulmão, o figado ou outro orgão...que levou tantos.
No encontro a pergunta que salta de uns para outros é: -como estás, temendo resposta...
Na Urgeiriça a escombreira é recurso para "construtores civis"... quando a areia não invade a estrada e os miudos nela rebolam.
Tudo aqui lembra o neo-realismo no seu melhor, as estórias, as vidas, a tia Ilda, o vetusto hotel, as casas senhoriais, a cabidela de coelho...Tudo isto existe, tudo isto é triste, há que mudar o fado. [...]
pesquisa de efeneto in http://urgeirica.blogspot.com/

30/05/2007

Canas "now"


fotos de Norberto Peixoto

29/05/2007

Informação


A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Canas de Senhorim, vai ter uma nova ambulância...
Uma vara para asnelas... Um presunto para canas... É melhor que nada!...
Venha outra!...

28/05/2007

CUF

Publicidade no Boletim da Federação dos Grémios da Lavoura de Viseu e Guarda
FEVEREIRO 1955

António João Pais Miranda

AJPM no mítico "palanque" da Luta pós 25 de Abril74
Dizem, que um dia destes irão fazer uma homenagem ao grande António João Pais Miranda!...
Será uma parceria entre o Agrupamento 0604 do CNE e o Grupo de Teatro Pais Miranda, a realizar nos jardins das piscinas...

Eu conheci o António João, nos primeiros ensaios na fundação do Rancho Folclórico Infantil de Canas de Senhorim, e desde logo compreendi como ele era exímio na arte de ensaiar, ensinar, comunicar... Poucos sabem como ele era exigente, chato mesmo, profissional até nas mais pequenas coisas...
... Depois do 10+7, uma máquina de talentos, ele foi o primeiro a aproveitar homens e mulheres canenses, com mais alguns de localidades próximas que tinham capacidades técnicas inexistentes na Vila principalmente acordeonistas e outros músicos... Outra, por ventura a primeira, grande produção teatral foi “O Nazareno”, que contava com mais de 100 pseudo-actores a maior parte dos quais escuteiros (se calhar todos os escuteiros na altura) e isso valeu-lhe o título de Escuteiro Honorário (?), concedido pela Junta Central do CNE...
A sua capacidade teatral não ficava pela coreografia ou o ensaio, juntava também a autoria de textos para comédia e a capacidade ímpar de levar à cena Teatro de Revista... A recolha etnográfica, dicionário de termos canenses, letras de músicas para o teatro, para o Carnaval... Basta lembrar que, ainda hoje, a letra da música do Paço é da sua autoria, sendo ele um Rossiense dos 7 costados... Também, uma letra e música a recuperar digitalmente, que serviu como hino do GDR...
Não me esqueço, porque ele fazia questão de sempre nos lembrar, da nossa luta de emancipação municipal... Se houve alguém que lutou contra o Zé Colmeia, foi ele... A Câmara de asnelas... Que ele chamava, recuperando a sátira sujeita a censura nos tempos antes do 25 de Abril no Teatro revista, de “Madrasta”... A nossa “Madrasta”... Lembro-o com saudade, numa tentativa de luta contra a campanha do Zé Colmeia, quando este foi fazer uma comício à praça... O António João queria ir para a frente da praça tocar tambores, para ninguém o ouvir... Mas ninguém foi na dele... A negociação com o MRCCS já estava feita... Na minha luta pelo concelho, eu sempre o tive como exemplo a seguir (um dia eu conto em pormenor)!
Ainda me lembro, como se fosse hoje, a perfeição que ele incutia nos nossos ensaios... Nos meus ensaios!...
- Mais uma vez, ainda não é bem assim!... - E lá ficava eu, noite dentro a repetir uma frase até ao ridículo... e depois, quando toda a peça estava ensaiada e repetida 10 vezes ele terminava a noite:
- Pronto, agora só mais uma vez do princípio, sai como sair!...
- Ai o raio do homem... - Pensávamos
Será justo reconhecer-lhe, mas também à Leta e à Dores, a paciência titânica de aturar 25 crianças em ensaios no Rancho... Só quem lá andou é que consegue imaginar!...
Certo dia, farto de nos ouvir, bateu com a porta e foi para casa. A rapaziada decidiu ir pedir-lhe desculpa a casa (Av. da Pedras Altas)... Dois ou três foram-lhe pedir desculpa (e ele desculpou), o resto da comandita comeu-lhe todos os “Colhão de Galo” que tinha na vinha...

AJPM "keeper" das Velhas Guardas de Canas nos anos 60 (arq. Amef)

Bem, há tanto para lembrar, a começar no Café Rossio, acabando no "Rock Danger", passando pelo teatro radiofónico na RAC...

A mim, ele incutiu-me valores, entre os quais a alegria e a luta municipal... Não me esqueço, de ir visitá-lo ao Hospital dos Covões, nos últimos dias, em que me apetecia chorar e foi ele a animar-me, satirizando a sua situação:
- Sabes ando agora aqui na procissão das velas*!...

*as velas eram o cabide que todos os doentes tinham onde penduravam o soro!

Aquele dia de Verão!...

C X Y A A H 1 A B N

4 Z A S D P 3 Z 9 F

_ C D I - E _ 4 Y S

W Z A S O E A H N H

O _ 9 S 1 A O U R M

_ I M A U T X T O _

H A O P _ C _ T O E

T A _ 5 J L _ H A I

O O 5 H 7 W 3 T W X

27/05/2007

Urgeiriça - RTP

Para quem não viu a reportagem do canal do estado no passado Sábado:

DENÁRIO REPUBLICANO


Moeda Romana achada em Canas (Fojo)
Cunhada em Roma (132 ac) por Publius Maenius Antiaticus
Anverso - Busto de Roma à direita
Atràs símbolo de valor
Reverso - Vitória com coroa conduzindo quadriga à direita
Exergo - ROMA
Legenda - Publius MAEnius ANTiaticus
Sear 126, Crawford 249/1, Sydenham 492

26/05/2007

Jornal o Diário

Uma colectividade a sério: a casa do pessoal das minas

Duzentos e trinta sócios efectivos e 114 auxiliares (não trabalhadores) formam a Casa do Pessoal das Minas da Urgeiriça, uma colectividade com uma vasta actividade desportiva, recreativa e cultural para ocupação dos tempos livres dos empregados da Empresa Nacional de Urânio

«A Casa do Pessoal da Mina é um elo entre a empresa e os trabalhadores», diz a «o diário» uma direcção recém-empossada, reunida numa sala cujas paredes estão cobertas de vitrinas cheias de troféus. Todos os associados podem aqui recrear-se, participar nas actividades culturais e desportivas».
Com a sua secção cultural, a Casa do Pessoal reparte-se pelo teatro, por uma biblioteca, muito em breve por uma escola de música e pelo cinema.
Num concelho com um cine-teatro que faz alternar o «cunguefú» com o «uesterne» esparguete e as comédias italianas de mau porte com os filmes indianos de mau corte, a apresentação de filmes de qualidade pela Casa do Pessoal da Mina é uma iniciativa que ganha grande relevo no panorama cultural de Nelas.
«Os sócios da Casa pagam 25 escudos e os não sócios 40. Todas as semanas temos um filme diferente, normalmente filmes que acabam de se estrear em Lisboa ou no Porto. Apresentamos aqui fitas muito antes de elas serem exibidas em Viseu. O último filme foi «Uns e os Outros…» Ainda não o viram na sede do distrito, para não falar em Nelas», dizem os directores.

Teatro de Amadores

Enquanto a escola de música em perspectiva não abre, faz-se teatro. A Casa do Pessoal da Mina está em vias de contratar um professor para ensinar os filhos dos seus sócios a tocar alguns instrumentos. Esta ideia faz parte do plano de actividades apresentado pelo clube à gerência da empresa. Esta contribui com uma verba fixa de 20 contos para a manutenção da colectividade.
«Já é insuficiente este dinheiro para a dimensão do clube, cujos sócios pagam uma cota muito baixa. Cada actividade acaba por exceder as receitas e por isso precisamos de contribuição do Inatel e da gerência das Minas», diz a direcção da Casa.
O grupo de teatro da Casa do pessoal da Mina, por exemplo, depende do Inatel para sair do seu estúdio de ensaios na Urgeiriça. Para os próximos tempos, os amadores de teatro vão andar pelo distrito a representar para trabalhadores.
O agrupamento já não é recente. «Existiu, parou, andou de novo e tem funcionado sempre de há dois anos para cá», informa a direcção.«Leva sempre à cena duas peças por ano».
São planos dos directores recém-empossados tentar fazer um espectáculo com todos os velhinhos que passaram, ao longo dos anos pelo teatro das Minas.
Entretanto, a peça a estrear é uma comédia com dois actos de Joaquim José Annaya, «Casamento amargurado», pescada na biblioteca da Casa do Pessoal.
Esta biblioteca tem um grande problema: os livros, muito solicitados pelos sócios, já estão a cair de lidos. «É necessário renovar a biblioteca, adquirir novos títulos, mas os livros estão caros, como sabem», diz-se. Talvez as editoras não se importem de enviar algumas edições de oferta para a Casa do Pessoal das Minas de Urgeiriça. Os livros ali são úteis e não ficam a morrer nas prateleiras…

Dia do Mineiro

Antes de passarem à parte desportiva, ilustrada pelas taças que se alinham nos escaparates da sala de direcção, os directores da Casa sublinham o papel recreativo da colectividade.
«Além do bar temos uma sala de jogo de cartas, uma sala de televisão (a cores), uma sala de pinguepongue e uma sala de leitura, na biblioteca com um jornal diário e um desportivo».
Estas são as actividades permanentes. O bar é muito concorrido por todos aqueles que moram no bairro da Mina. Outras iniciativas regulares dão vida à sede do grupo: «os bailes para sócios e familiares».
«Todos os anos fazemos bailes na Festa de S. Pedro, a 29 de Junho na festa de Sta. Bárbara, a 4 de Dezembro, que é a Festa dos Mineiros, no 1º de Maio, nas Vindimas, no Carnaval, no Ano Novo».
A par destas iniciativas, os trabalhadores das minas nunca deixaram de festejar o 1º de Junho, dia da Criança, celebração que se faz a nível da freguesia de Canas, com entrega de prendas aos miúdos, pinturas e cinema infantil.

Atletismo rei da festa

No campo desportivo a Casa do Pessoal tem o atletismo como rei da festa, mas pratica também a pesca desportiva, o vólei, o andebol, o futebol de salão e de onze, entre outras modalidades.
É sócio do clube o actual vice-campeão de marcha atlética, Carlos Alberto, que já foi detentor do melhor tempo nacional da modalidade. E a marcha atlética é a grande glória desta Casa.
Os melhores marchantes portugueses estarão na Urgeiriça no próximo dia 27 de Março para aí concorrerem ao III Grande Prémio de Marcha Atlética da Urgeiriça, prova integrada no calendário nacional, organizada pelo clube com diversos apoios a patrocínios.
Também organizado pela Casa do Pessoal da Mina temos em Julho (porque o pavilhão é aberto), um torneio de futebol de salão a nível concelhio, sempre muito disputado.
Este torneio seria melhor realizado no polivalente que é o sonho dos mineiros da Urgeiriça:«Está nos planos, claro, mas é inviável para já», diz um director. E outro, com um sorriso «para já? É quase impossível! É algo que custaria muito dinheiro». Fica para o futuro. A Casa do Pessoal das Minas da Urgeiriça está ali para muitos anos, cada vez mais activa.

in Jornal o Diário, 28 de Janeiro de 1983

Faurecia nova unidade para Canas?

24/05/2007 - Vão nascer no concelho de Nelas mais 150 novos postos de trabalho. O anúncio foi feito pela Presidente da Câmara Municipal, que referiu que “após uma reunião realizada com membros da Administração Europeia do Grupo Faurecia, foi oficializado, hoje, a instalação de uma nova unidade industrial do grupo, na Zona Industrial de Nelas”. Isaura Pedro refere ainda que a criação destes novos empregos e a captação de novas empresas para o concelho “é o resultado de um esforço que tem sido desenvolvido nos últimos tempos”.
In Rádio Boa Nova

29º Encontro Liceu A. Enes - II

Post-it

25/05/2007

150 Anos de Prioridades Desencontradas


"Gostava que dessem alguma dignidade a esta zona industrial. Com isto assim, que empresário é que se vem aqui instalar?", questionou Luís Pinheiro, enquanto apontava para um caminho de terra batida, cheio de buracos, e para as duas únicas empresas aí instaladas, uma de construção civil e outra de carpintaria, cujo número de trabalhadores não chegará aos 20.
Lembrando a tradição industrial da freguesia, que chegou a ter 1.200 pessoas empregadas na Companhia Portuguesa de Fornos Eléctricos e na Empresa Nacional de Urânio (ENU) - ambas extintas - o autarca questionou se "pôr dois ou três lotes à disposição, com o mínimo de infra-estruturas, é pedir muito".
"Já que estão a apostar nas zonas industriais, se querem uma política de coesão, não é justo deixar isto ao abandono", frisou Luís Pinheiro, eleito pelo Movimento de Restauração do Concelho de Canas de Senhorim.
Apesar da melhoria das relações com os responsáveis da Câmara comparativamente à época do socialista José Correia, Luís Pinheiro considera que "a freguesia de Canas continua a ser posta de lado, como veio provar este caso da zona industrial".



Luis Pinheiro sobre as selectivas prioridades de investimento da Drª Isaura Pedro em matéria de zonas industriais



In rtp, via Canas & Senhorins

ORC - Mulheres de Canas


Escrevi sobre a Juventude no primeiro “O Relinchar do Cavalo” e não podia esquecer as mulheres de Canas de Senhorim...
Sim, eu sei que a conjugação das palavras “mulheres de canas”, reporta-nos para os inenarráveis acontecimentos do Verão Quente... Mas, não é disso que agora escrevo...
Critico e critiquei a opção do MRCCS em não apresentar em lugares elegíveis na suas listas à Junta, ao contrário do “Só Canas”... Contudo, algo me leva a acreditar que as mulheres de Canas têm mais que fazer que passar horas a fio a discutir o sexo dos anjos. No entanto, também me parece óbvio que o facto não é de uma total inocência...
De uma maneira geral, as mulheres, dominam já o Mundo... E dominam-no na mais nobre das perspectivas que é a acção...
Reflictam!...
Quem é que aparecia a altas horas da madrugada para serem boicotadas as eleições, ficando lá ao frio, ao contrário de outros que só lá iam de passagem?... Quem afrontou o Aldra na sua passagem pelo concelho de asnelas?... Quem melhor promove o nosso Carnaval, Feira Medieval e Santos Populares?... Bem sei que não são elas que aparecem na fotografia, mas meditem... Quem são os reais motores?...
Reflictam!... Se calhar é tempo de colocarmos as mulheres no pedestal que merecem!...

24/05/2007

Post da Semana [II]

por Farpas no blog


E as pessoas?

Não nasci, nem tão pouco morei na Urgeiriça, mas vivi lá! Muitos e muitos anos, cresci no meio daquelas pessoas, era uma daquelas pessoas, o meu avô trabalhou na ENU (Empresa Nacional de Urânio), eu andei no jardim escola da Urgeiriça, fiz a escola primária na (agora incrivelmente abandonada, ou melhor deixada ao abandono) escola primária da Urgeiriça, brinquei nos parques, brincávamos aos tesouros deixados pelos ingleses, joguei no campo, corria a esperar o meu avô quando a sirene tocava às 5 horas, comia o pão do forno comunitário, ia à marcha atlética, ao cinema e teatro na Casa do Pessoal, jogava ping-pong a 10 escudos,... ri, chorei... sempre me considerei mais da Urgeiriça do que propriamente de Canas... qualquer diferença que haja entre esses conceitos...

...Era uma terra cheia de vivacidade cheia de... pessoas! Hoje por vezes ainda por lá passo mas dou com um "beco sem saída"... desapareceu a vivacidade, desapareceram muitas das pessoas, ... esquecida por já não dar dinheiro como antes, abandonada por um governo que encheu (e enche) os cofres à sua conta... As pessoas?... Passaram a ser mais escolhos da terra que já não dá,
também elas esquecidas por quem prometeu mundos e fundos...

E as Pessoas?... removem e reviram terras escondendo os problemas em vez de os resolverem, movem escolhos e requalificam paisagens de maneiras que não lembram a ninguém, constroem muros e barreiras para enganar a Natureza... E as Pessoas?




Apresentação enviada por tix e retirada do jornal Público

O Post da Semana reflecte o que de melhor se faz na blogosfera canense e diz respeito à semana anterior

22/05/2007

29º Encontro Liceu A. Enes



Fotos do 29º Encontro
dos Antigos Alunos do Liceu António Enes _ Moçambique
Maio de 2007
Qtª Boiça _ Canas de Senhorim
Fotos Amef

21/05/2007

Campeões!


Grupo Desportivo e Recreio de Canas de Senhorim
Campeão da 1ª Divisão Distrital de Viseu
2007

Carnaval Canas de Senhorim 1977

20/05/2007

Lapa do Lobo

19/05/2007

Trovão & Faísca [II]




Trovão & Faísca é uma criação PortugaSuave

...brevemente, as aventuras de Bandeira e Megafone

18/05/2007

Dia Internacional dos Museus


Ara Votiva de Canas de Senhorim
Leitura/ Tradução
BESEN CLAE DOCQV IRVS CEL TI V A L S
Doquiro filho de Celto, cumpriu de bom grado o seu voto a Besencla.
A Ara Votiva dedicada a Besencla foi descoberta no jardim da casa do Dr. Reis Pinto que a ofereceu ao Museu Arqueológico dos B.V. de Canas de Senhorim.
Besencla foi uma divindade indígena peninsular a quem se prestava culto nesta vila. A ara data da primeira metade do séc. I d.C..
O radical BESEN presente no nome desta divindade poderá estar relacionado com o topónimo Viseu . (Vaz)

Trabalhadores de talento


“Trabalhadores de talento”Julie Roberts foi a protagonista do filme Erin Brockovich - Uma mulher de talento - que trata de uma das maiores indemnizações (333 milhões de dólares em 1996) obtida numa batalha judicial a propósito da contaminação da água de bebida por crómio hexavalente ocorrida na cidade de Hinkley na Califórnia.(...)
Os ex-trabalhadores das minas de urânio da Urgeiriça renovam, de tempos a tempos, a exigência para que o Governo realize exames médicos periódicos e que seja feita a monitorização da contaminação radioactiva naquela região.(...)
Os relatórios, entretanto já produzidos, apontam para a existência de vários riscos acrescidos para as populações locais, nomeadamente os trabalhadores do empreendimento mineiro.Como é possível arrastar este processo durante tanto tempo? Será que o Governo ainda não tem evidências cientificas para responder aos anseios e aspirações desta comunidade? Tão célere a fechar maternidades, tão eficiente a fechar as “urgências nocturnas” de certos centros de saúde, tão preocupado em “obrigar” à prescrição de certos medicamentos a nível hospitalar, tão “racional” em controlar os custos – tudo isto com base em relatórios científicos - e tão esquecido em solucionar, ou minimizar o sofrimento de uma população! Como é possível a Direcção-geral de Saúde afirmar que “está à espera da divulgação dos resultados finais do projecto MiNurar para avançar com exames aos antigos trabalhadores”? Mas é preciso um relatório final para actuar?Se não tivesse lido, não acreditava.Os trabalhadores das minas da Urgeiriça são homens e mulheres de “talento” e devem ser respeitados e indemnizados adequadamente pelo crime ambiental a que foram sujeitos.posted by Salvador Massano Cardoso
pesquisa de efeneto

17/05/2007

Canas da Beira

Chefe de Governo e Presidente da República Interino, o General Carmona, encontra nos anos 20 do séc. XX, a seguinte solução para acabar com a Luta pela Restauração do Concelho de Canas de Senhorim : mudança do nome da povoação e elevação à categoria de Vila.
O Presidente Sampaio, no início do séc. XXI, "arranja" nova solução: o VETO! pois o "esquema" Carmona nada resolveu.
GRANDES PENSADORES, GRANDES ESTADISTAS os nossos PRESIDENTES !

Brevemente

Portal de Canas [site oficial]


16/05/2007

ORC - A Juventude

Esta rubrica era para se chamar “As Escolhas de Marcelo”, depois “As Escolhas de Cingab”... Ficou o “Relinchar do Cavalo”... E ficou porque estava eu a olhar para o Brazão de Canas de Senhorim, vi os cavalos e imaginei todas as lendas, contos, história, estórias, notícias e mexericos... Logo que vieram à memórias todas aquelas mentiras ditas muitas vezes, hoje verdades indesmentíveis, lembrei-me dos leitões, das gárgulas, dos cavaleiros medievais... Enfim, lembrei-me de Canas de Senhorim... E como alguém deste blogue acha (erradamente, diga-se) que eu tenho informações interessantes propuseram-me este espaço... Pois então vamos lá!... Na verdade estava à espera que o Homem Novo que Partiu mudasse a roupagem do Mcs para depois iniciar a rubrica, mas o rapaz anda sem tempo, o que se por um lado é compreensível, por outro só lhe faz mal à figadeira... Depois o @Portuga atira logo com o Editorial, o irmão do Homem Novo que Partiu, com a entrevista e eu tenho de iniciar também a função...

E nada melhor do que começar este espaço com um tema na sequência da entrevista do @tomahoc:
A Juventude, de Canas claro!...

Correndo o risco de parecer um Velho do Restelo, ou de estar a olhar para baixo verborreando algo sobre a juventude, informo já que eu estou velho e acabado... Por isso... Nada!...
A Juventude de Canas de Senhorim não é muito diferente de qualquer outra, de qualquer local de Portugal, de qualquer país do Mundo... Mas, como todos esses têm particularidades, desde logo porque Canas de Senhorim é, por definição um caso particular e especial...
É a Juventude desta terra que mantém o Carnaval! Neste caso os do Rossio são sempre melhores que os do Paço, mas são eles o cerne, a força, desta festa estranha que nós erradamente chamamos Carnaval... Erradamente porque se confunde com o Carnaval... De Ovar, Torres Vedras, Brasil etc, etc... A Juventude de Canas é responsável pela vinda, ano após ano, de milhares de verdadeiros foliões, que ao descobrirem o espírito da coisa, depressa adoptam este como o melhor...
É a Juventude, neste caso os escuteiros, que fazem um encontro denominado “Quo Vadis?!?...” e trazem até nós centenas de jovens (escuteiros) de todo o Portugal Continental e Ilhas... Parece pouca coisa, passa-nos ao lado, mas em Canas de Senhorim há o Melhor Encontro de Escuteiros Caminheiros (jovens) deste país socrático... Quantos vocês não sabiam?
É a Juventude que pulula pelas ruas e cafés, que entra no desporto, cultura e informação... Não é por acaso que 3 jovens iniciaram o que é hoje o Jornal Canas de Senhorim...
Porque eu não esqueço, ao contrário do que muitos nos fazem querer, que é a juventude a força desta luta eterna pelo nosso concelho... Eu não me esqueço que a mesa de voto da juventude de Canas foi onde o MRCCS teve maior percentagem de votos. Isto mesmo sem que nas listas do Movimento constasse qualquer jovem ou qualquer mulher... Eu não me esqueço das músicas da luta de Canas trazidas por jovens das suas Universidades (que não a UNI)... De onde acham que veio a música do CANAS È NOSSO? (Por exemplo)... Eu não me esqueço dos jovens confrontarem o Aldra com a afirmação:
- Sr. Presidente veja lá se faz alguma coisa por nós!...
Foram os jovens que conseguiram pôr um polícia a gritar:
- Eles são tantos! Aparecem por todos os lados!...
São os jovens que enfrentam a Feira medieval, os santos populares, o Canas em Movimento, os Bombeiros, o Teatro...
Não são os jovens que são rascas... rascas são aqueles que não aproveitam a sua força para construir!

Liceu António Enes [29º]

29º ENCONTRO DE ANTIGOS ALUNOS E PROFESSORES
DO LICEU ANTÓNIO ENES _ MOÇAMBIQUE
por AMEF
Com a descolonização dos antigos territórios de além-mar, milhares de pessoas tiveram que dar novos rumos às suas vidas. Para trás ficaram recordações, boas e más, projectos, iniciados e inacabados, sonhos...
O sentimento de fraternidade, comum à generalidade das pessoas oriundas daquelas paragens, provocou uma enorme vontade de se reunirem, periodicamente, como forma de manterem viva a sua ligação às terras onde nasceram, cresceram ou, simplesmente, passaram...
Assim acontece com um numeroso grupo de antigos alunos do Liceu António Enes, de Lourenço Marques (actual Maputo), que, de há vinte e oito anos a esta parte se vai encontrando anualmente.
O primeiro encontro ocorreu - como não podia deixar de ser - em Lisboa, onde se encontra uma boa parte daqueles antigos alunos. Aliás, de uma forma geral, os encontros são quase sempre realizados nas localidades onde se concentram grupos numerosos de ex-alunos, casos de Lisboa, como disse, Porto, Sines, Fogueteiro, Mem Martins ou Évora. Canas de Senhorim é uma excepção à regra, onde apenas reside um ex-LAE - eu próprio!
Curiosamente, os encontros de Canas (e já vamos no quinto...) são sempre aguardados com alguma ansiedade e, até, com alguma expectativa... Não me perguntem porquê, porque não sei responder!
Como beirão e Canense, cumpre-me procurar organizar as coisas de forma a que a malta que cá vem se sinta bem, se divirta e, sobretudo, que fique com vontade de... regressar! Muitos são, por sinal, os que, depois de virem aos encontros de Canas, vão passando e vão dando sinal de presença, ao longo do ano. Para mim, isso acaba por ser um reconhecimento da forma como são recebidos e, ao mesmo tempo, um lenitivo que me "obriga" a nunca dizer não, quando me propõem a organização de mais um encontro!
Recordo que a primeira vez que organizei o Encontro de Canas fomos almoçar às Caldas da Felgueira e, à tardinha, houve uma sardinhada no quintal dos meus pais. Foi nos primeiros anos da década de oitenta...
Já fizemos outro no Complexo Desportivo, com visita à Adega da Cooperativa Agrícola de Nelas, e outro, ainda, na Quinta da Boiça que - por sinal - fomos nós que inaugurámos... Ainda recordo a azáfama do pessoal que lá andava, para deixar tudo bonito... E como está agora, ainda mais linda!!!
2007 marca o regresso à Quinta da Boiça! E quando, em meados do ano passado, fiz a reserva das instalações para este evento, logo o António Mouraz me "informou" que ia haver uma surpresa para o grupo que inaugurou a Quinta! Já este ano me disse qual iria ser a dita surpresa... Outra inauguração! Desta feita... a Adega da Quinta!
Como não gosto de saber as coisas só para mim (pelo menos algumas...) vai de "avisar" o resto da malta! E acho que o maralhal vai ficar satisfeito com o que vai ver! É que, de facto, a Adega está um... espectáculo!!!
Acredito que, depois deste Encontro, os meus antigos colegas - mais ano, menos ano... - me vão sugerir que volte a fazer o Encontro em Canas! Até parece que já tem alguma... mística! Pois bem... haja saúde!
Para já, 2007 em Canas... antecede 2008... em Maputo!!!
Bora lá!!!
foto do 28º Caldas da Rainha
19 e 20 Maio 07 _ Canas de Senhorim
Bem vindos !
O Vazio [Memória do Liceu]
Há bocado recebi um mail que me provocou uma chuva de memórias em volta da minha fugaz passagem pelo Liceu António Enes de Lourenço Marques...[Carlos Gil]

[ Espaço Jovem ]

Com todas as reformulações que este blog tem vindo a sofrer criou-se este novo espaço! O "Espaço Jovem"!
Este espaço tem como objectivo dar voz aos jovens de Canas através de algumas entrevistas! Então para inaugurar este espaço (e também o meu primeiro post neste blog!) entrevistamos a
Inês uma das autoras do blog das Recheadas!

foto in blog Recheadas [Inês ?]
A entrevista foi dividida em duas partes. Uma primeira que tem perguntas mais elaboradas, e outra de resposta directa!
Município: Diz qualquer coisa sobre ti!
Inês: Inês ,19 anos _ Estudante à seria !

M: Como é que uma jovem canense vê o futuro de canas?
I: Eu acredito na minha geração e, como tal, penso que Canas terá o seu futuro assegurado. :) Claro que para isso é preciso começar já a investir para que se evite a saída dos jovens para os grandes centros urbanos.
M: Achas que a tua vida profissional pode passar por ele?
I: Acho difícil. Não é que não quisesse mas penso que não vão surgir oportunidades de trabalho na minha tão famosa área.

M: Tens algum jardim, rua, espaço que te traga alguma nostalgia que neste momento esteja degradado?
I: Assim de repente o campo de areia e a piscina, sítios que frequentei muito na minha (recente) adolescência e que me trazem muitas recordações agradáveis

M: Pelo que sei tens uma forte ligação ao 'Rossio de Baixo' que achas do actual estado dessa zona?
I: Apesar de se ter composto o Jardim Padre Manuel ainda há muita coisa a fazer no Rossio de Baixo, a começar pela iluminação e a passar por muitas outras coisas que agora não me lembro :)

M: Para ti qual é o ex-libris de Canas?
I: Há muitos: Jardim Padre Manuel, escola do fojo, casa alegria,...lol não. Toda a parte histórica de Canas, o Rossio de Baixo, 4 Esquinas e, claro, o UCRR! :)

M: Existe um grande movimento político em Canas em torno do MRCCS. Identificas-te com estes ideiais? Que ideia tens sobre eles?
I: Apesar de agora estar um pouco desinformada do que se passa continuo a ser defensora da criação do concelho de Canas de Senhorim.

M: O que faz falta em Canas para atrair mais população e para não deixar fugir os jovens?
I: Acho que mais actividades lúdicas e culturais. (hoje a mente não da para mais!)

M: O que achas da juventude de Canas?
I: A geração que vai até 87 é boa... mas o pessoal dos 88 pra cima é muito rasca :P

M: Falando agora de outras coisas... Tens uma participação bastante activa na blogosfera Canense! Como surgiu a ideia de criar um blog juntamente com as outras brunicas a.k.a. Recheadas?
I: Vá...não direi bem activa. Faço um post de vez em quando. O nosso blog já existe acerca de 2 anos. Criámo-lo (quer dizer.. a Giggs criou) no Verão quando não há nada para fazer e achámos que seria divertido. O nome Recheadas vem das próprias bolachas que passámos o Verão a comer em casa da Keks e o Brunicas é uma longa e antiga história que agora não me apetece explicar. Quem quiser vá ler ao blog :)

M: A certa altura houve uma certa polémica com o vosso blog, que começava a ser publicitado e vocês não o queriam! A pergunta é simples... Porquê?
I: Eu, e acho que falo por todas, não me importo que o blog seja visitado por toda a gente. Se não quisesse que ninguém lesse o blog não tinha um. Só acho que ter o link do 'Recheadas' em todos os blogs só por ser de Canas não faz sentido, porque penso que ele não tem interesse para mais ninguém para além do nosso círculo de amigos. Mas isso só sou eu a achar, não sei!

M: Tirando a Marta que coloca lá uns posts mais informativos, o vosso blog fala essencialmente sobre vocês e as vossas actividades! Era este o principal objectivo do blog?
I: O blog foi criado para podermos disparatar à vontade. Escrevemos lá o que nos apetece, sejam parvoices seja algo mais sério. Normalmente o último fica para a Marta. lol

M: Dos blogs canenses que frequentas habitualmente qual é aquele que te atrai mais?
I: Não costumo frequentar muito a blogosfera, mas visito (quase) diariamente o Recheadas, o Ai-o-camandro e o teu :P (há que dar graxa por ser a primeira) ah! agora vou passar a visitar mais vezes este.
Directas
M: Eu , tu , ele(a) nós, vós ou eles(elas) ?
I: Elas :)

M: Onde é que a tua mãe estava no 25 de Abril?
I: Não faço ideia... Por aí perdida no 'Rossio de Baixo'

M: Paço, Rossio, Minas ou Casal?
I: Rossio. Isso nem se pergunta!

M: Vértice, Ervas Daninhas, Festa Brava, Segmento ou Canto & Encanto?
I: Vértice sempre!... Mas os Ervas Daninhas are back to business..ou pelo menos estavam.

M: Que flor eras capaz de plantar para fazer renascer a Urgeiriça?
I: Um Antúrio. A flor do Jorge Tadeu :)

M: Pelourinho de Canas ou "Ferro Velho" do Congo?
I: Casa Alegria

M: Dona Iracema ou Sr. Armando ?
I: Esta é difícil...hm... os 2! É impossível escolher.

M: Servilismo ou Resistência ?
I: Resistência

M: Festa da Póvoa ou Queima de Coimbra?
I: Festa da Póvoa, pois tá claro! "Aquele frango às 5h da manha"

M: O que farias se fosses líder do MRCCS por um dia?
I: Cortava a linha e tocava os sinos

M: O que é que te parece um carro de carnaval sem flores?
I: A Madeira sem o Alberto João

M: Canas é nossa?
I: Canas é do Metro do Porto (private joke)

M: D. Sancho I ou Jorge Sampaio?
I: Maria José Rita




uma flor pela Urgeiriça...

Exames médicos periódicos para ex -trabalhadores

Ex-mineiros voltam a exigir exames médicos periódicos. A morte de mais um ex-trabalhador da extinta Empresa Nacional de Urânio (ENU), com cancro, levou os ex-mineiros a renovarem a exigência ao Governo de criar “condições para a realização de exames médicos periódicos”.

António Minhoto, porta-voz dos ex-trabalhadores da ENU, que tinha sede na Urgeiriça, Canas de Senhorim, sublinha que “cada vez é maior a tristeza que nos assola; cada vez os mineiros estão mais pobres; cada vez somos menos e cada vez batem mais à porta estas mortes constantes com patologias do foro oncológico”. Uma situação que leva a “não dar mais para adiarmos a nossa revolta, o nosso protesto”. O representante dos ex-trabalhadores da ENU enfatiza que “o Governo tem que ficar sensível” e, “de uma vez para sempre, demonstrar que a principal reivindicação” dos antigos mineiros “é uma medida urgente”. Tal principal exigência é a criação de condições, pelo Governo, para a “realização de exames médicos periódicos a todos os ex-trabalhadores que assim o desejarem, como medida cautelar e de prevenção, para ver em que pé é que as coisas estão e a tempo ainda de ajudar a resolver algumas doenças”. Caso o Governo “não responda, só há duas medidas simples e objectivas” a tomar e que até já estão aprovadas pelos ex-mineiros, avança António Minhoto. Uma é apresentar em tribunal “uma queixa contra o Estado”. A outra é “a indignação ir para a rua. No dia em que o Governo português tomar posse, em Portugal, da presidência europeia estaremos lá a mostrar o nosso desagrado”, garante.

14-Mai-2007 in Jornal Noticias de Viseu

11/05/2007

Editorial [1]

O blog Município de Cannas de Senhorym (MCdS) alargou os seus horizontes. Para o efeito, reuniu um leque de colaboradores à volta de um projecto que visa reforçar o nosso sentimento municipalista através da divulgação e promoção da vila de Canas de Senhorim e das localidades que lhe estão ligadas: Aguieira, Caldas da Felgueira, Lapa do Lobo, Póvoa de Sto. António, Urgeiriça e Vale de Madeiros. O blog afastou-se assim do conceito personalizado que inicialmente o seu administrador lhe imprimiu.
No contexto actual e face ao isolamento social e político que nos é dado constatar, faz todo o sentido criar um pólo colectivo de resistência que mantenha viva a chama municipalista e congregue o esforço de todos aqueles que se desmarcam da apatia vigente. Foi este espírito que presidiu à reestruturação do blog e é com entusiasmo justificado que verifico a disponibilidade dos actuais colaboradores para assumir este projecto.
Esta motivação, aliada à vocação arquivista do blog na recolha de documentação alusiva a Canas e demais localidades, pode, no futuro, criar as condições para que o MCdS se constitua como arauto da comunidade no âmbito da internet, e mesmo fora dela, dando conta do nosso legado, ancorando as nossas convicções e projectando os nossos ideais. Claro que o desafio é grande, pois para ele concorrem tarefas que nem sempre estarão ao nosso alcance, mas deste ensejo pode nascer uma plataforma alargada de contribuições que integre conjuntamente no seu seio, não só aqueles que vêm dando expressão às nossas inquietações, mas, também, gente jovem e empenhada, de espírito esclarecido e desenxovalhado, imprescindível à regeneração do combate político e garante da continuidade da luta pela elevação de Canas a concelho.
As linhas orientadoras que estão na base do MCdS prevêem igualmente uma total cooperação com as entidades que compõem o tecido associativo de Canas e das localidades vizinhas, quer testemunhando as suas iniciativas, quer publicitando o seu trabalho, quer dando voz aos seus representantes. Naturalmente, esta modesta cooperação depende muito do material que nos possa chegar e dos contactos privilegiados dos colaboradores deste blog, o que, por si, pode limitar o nosso desejo de cobrir todas as actividades desenvolvidas, contudo, estou convencido da boa vontade dos nossos leitores em nos fazer chegar a informação necessária, de maneira a podermos dar o ênfase pretendido às nossas instituições.
Também estaremos atentos aos nossos conterrâneos bloguistas, destacando aquilo que de melhor se faz, cedendo material do nosso arquivo, incentivando e fomentando um espaço amplo de opiniões onde os canenses se possam rever e participar. Cuidaremos em respeitar todas as sensibilidades e estaremos particularmente receptivos à diáspora canense, para que, através da facilidade que este meio proporciona, possa sentir-se mais perto de casa e mais participativa no destino da terra que nos une a todos.
Por fim, embora não sejamos únicos na intenção que nos move, circunstância bem patente em algumas abordagens dos blogues que compõem a blogosfera canense, julgo poder reafirmar a importância que o MCdS virá a assumir, alicerçado na generosidade e nos pergaminhos dos elementos que integram a fantástica equipa de colaboradores. Para eles o meu profundo agradecimento por terem aceitado o desafio.

rio de dor


Viúva de mineiro, Ilda Fernandes, de 78 anos de idade, tem um ar sofrido. E não é para menos: há 18 anos, o marido falecia no hospital de Coimbra com 51 anos, deixando--lhe oito filhos.Não sabe dizer qual possa ter sido a causa da morte do marido, José Ramos, na altura já reformado das minas com 47 contos mensais (cerca de 235 euros). Mas sabe que ele fez quatro intervenções cirúrgicas, a última delas para "lhe tirarem a bexiga", e já não voltou vivo à Urgeiriça.Ilda Fernandes nasceu em Nespereira de Mundão (concelho de Viseu) e trabalhou nas culturas do arroz em Alcácer do Sal, mas isso foi antes de regressar à Beira Alta. Os filhos partiram há muito e só uma filha vive perto da mina. Enumera os destinos: "Um está em Inglaterra, outros em França, uma filha em Setúbal... Vivo sozinha mais Deus". Pagou a sua casa "sem ajudas de ninguém", vai dizendo. "Até fome passei." Hoje conta apenas com a sua pensão de viúva, metade da auferida pelo marido quando estava vivo.O seu rosto aviva-se um pouco quando fala dos tempos de actividade das minas: "À hora de almoço íamos levar a comida aos portões, para eles mandarem aos maridos lá em baixo [nas galerias] e aquilo era um movimento!...". E garante que se vivia melhor nessa época: "Aqui só havia mineiros, mas nós cultivávamos umas terras, porque o salário era baixinho".O médico aconselhou-a a não se fechar em casa, porque "é pior". Por isso, Ilda Fernandes faz um esforço para passear diariamente, descendo as ruas do bairro operário e regressando depois a casa.O semblante volta a fechar-se quando fala do que lhe é dado ver: "Mete aflição ver isto tudo assim, parado". "Isto" são as instalações fechadas e abandonadas das minas. "Isto" é, também, a evocação dos vizinhos que morreram prematuramente de doenças com nomes esquisitos. "Havia o senhor Gaspar, e o senhor Carvalho, que eram mais velhos do que o meu marido."Só o pequeno jardim em frente da casa, bem tratado e com rosas vistosas, contraria o rio de dor e desesperança em que se transformou a vida de Ilda Fernandes. C.P.

Vila das Amoreiras

Pelourinho e Património do antigo concelho da Aguieira

Trovão & Faísca [1]

10/05/2007

Lapa do Lobo [II]

Lapa do Lobo, Arquitectura "senhorial"
Fotos de Norberto Peixoto

09/05/2007

Post da Semana [I]

"No blogue Canas e Senhorins, o Sr. Fulano Tal lançou uma questão bastante pertinente. O que é para os canenses o ex-libris de Canas.

O ar que respiramos, tão leve.
Aqueles aglomerados de Quartzo, Micas e Feldspato, a que vulgarmente chamamos Granito.
O cheiro dos eucaliptos á saída de Canas.
O Casal.
A Igreja.
O solar Abreu Madeira.
A Rua do Paço.
O Rossio.
O Paço.
O Carnaval.
A Feira Medieval.
O Cruzeiro e o Pelourinho.
Os Bombeiros.
O GDR.
O Canto e Encanto.
Os Escuteiros.
O Jornal.
A Escola Secundária.
O Teatro.
A Blogosfera Canense.
E, quando deixamos a Avenida António João Pais Miranda, de carro, a pé ou de bicicleta, e nos deparamos com Canas de Senhorim, lá ao fundo, no colo da Serra da Estrela, dá orgulho em sermos de Canas. Ser canense é contribuir, para que Canas de Senhorim se torne num grande Ex-Libris de Portugal."

por Citizen Erased no blog Génio Maligno

Canto & Encanto nos Açores

Os elementos do Grupo Coral Polifónico Canto e Encanto deslocaram-se ao Faial, nos Açores, onde foram acolhidos pelos parceiros ilhéus com entusiasmo e elevado esmero, num clima de franca confraternização.
Da sua actuação constaram dois concertos coroados de sucesso a avaliar pela forma como o público presente aplaudiu os nossos conterrâneos.
Desta jornada sobressaiu o contributo do grupo Canto e Encanto na divulgação do nome de Canas de Senhorim por terras insulares.


Fotos enviadas por Amef