Canas OnLine

30/03/2007

luz e cor

Ai eu estive quase morto no deserto ...
e o Paço aqui tão perto!
fotos de Norberto Peixoto


Série Varandas de Canas [NP]

Esta Data Querida!


Parabéns ao Blogue Mulherio de Canas de Senhorim

28/03/2007

Jornal Canas de Senhorim [2]



Primeiras edições do Jornal Canas de Senhorim

Rumo à consagração


O Grupo Desportivo e Recreio de Canas de Senhorim tem-nos dado motivos de sobra para estarmos orgulhosos. Desenvolvendo um trabalho meritório ao nível das camadas mais jovens, onde já pontificam as estrelas do futuro, tem-se feito representar nos respectivos campeonatos onde integra as Escolas e os Infantis. Mais do que os resultados obtidos é salutar iniciar as nossas crianças competitivamente para que ganhem o gosto de envergar as nossas cores e apreendam noções técnicas e disciplinares que mais tarde reverterão para benefício das equipas principais.
Ao nível dos resultados não posso deixar de congratular a equipa dos Juniores pelo honroso 3º lugar obtido, classificação que quase lhes permitiu ascender à fase final. Não fossem as regras de desempate a ditar que o Vale de Açores é que ocuparia o 2º lugar e veríamos a nossa equipa a disputar a fase final.
Quanto à equipa Sénior, confirmando a histórica participação na Taça de Portugal alcançada na época de 05/06, encontra-se agora prestes a repetir outro feito, desta vez no campeonato. A três jogos do fim detém o primeiro lugar tendo como opositor directo, com igualdade de pontos, o Carregal do Sal.
Nesta fase decisiva para a consagração é imprescindível a presença de todos nós nos derradeiros jogos, apoiando incondicionalmente o esforço e a vontade que esta equipa já demonstrou ao longo da época.
Resta-me enaltecer os jogadores, a equipa técnica e os dirigentes pelo trabalho desenvolvido e pela prestação desportiva alcançada. Nesta recta final desejo-lhes aquela pontinha de sorte que acompanha os campeões. Felicidades.


27/03/2007

Marco Simões

Le Quotidien 15/03/07

Um Canense na Selecção Sub-21 do Luxemburgo.

25/03/2007

29º Encontro Liceu A. Enes

29º ENCONTRO DE ANTIGOS
ALUNOS E PROFESSORES
DO LICEU ANTÓNIO ENES
Lourenço Marques / Maputo
Moçambique

…o regresso a CANAS DE SENHORIM…

DIAS 19 E 20 DE MAIO DE 2007
QUINTA DA BOIÇA


Blog oficial do 29 Encontro Liceu A. Enes

Aristides Sousa Mendes

Bilhete Postal de Aristides Sousa Mendes para Angelina (Gigi) 1929

22/03/2007

Jornal Canas de Senhorim


O Jornal Canas de Senhorim (2ª série) irá publicar este mês o seu 100º número!... Isto que dizer, a grosso modo, quase 10 anos de “coiso”!...
Eu, como não assinante mas leitor mais ou menos assíduo, congratulo-me por existir em Canas um Jornal assim... Com erros, com gralhas, com amuos, com “odiozinhos” de estimação, com mal entendidos, com inimizades, com falta de vontades e tudo mais que de mal existe na nossa sociedade... Mas, por Canas... Sempre por Canas!...
Mas mais importante que tudo são as pessoas, os contribuidores, os redactores, os montadores, os responsáveis gráficos, os administradores, os seus 3 directores (Pe. Domingos, Pe. Ilídio e Pe. Nuno), os distribuidores... Mas, principalmente, a chefe de redacção a Drª Ana Mouraz!... Ao AMEF, ao João Marques, ao Hélder Ambrósio... Porque, de facto já muito perderam para que o “lema” todos os meses esteja na rua: Que todos sejam um!
As críticas são sempre boas (bem se calhar nem sempre...), mas, e seria bom que todos soubessem, os principais erros e falhas devem-se à falta de colaboradores, falta de pessoas que estejam em todos os eventos canenses, falta de pessoas que estejam até altas horas da madrugada a preparar o Jornal para a gráfica, pessoas para ir angariar novas publicidades...
Por muito que até desprezemos o Jornal Canas de Senhorim, não podemos esquecer todos aqueles que na Diáspora, anseiam todos os meses pelo carteiro... Os de França, da Alemanha, do Luxemburgo, da Áustria, dos EUA, do Brasil e de todos os outros países... Os de Lisboa, Porto, Viseu, Coimbra e todas as outras cidades e lugares de Portugal!...

Pessoal... Continuem...
Sempre pelo Jornal Canas de Senhorim!

PS.: Quem me arranja o nº 1 da I série?

Nuno Albuquerque Vaz

canibal do sal...lambedor de corpos afogados no mar...
continuo tatuado com os teus olhos nas costas...
nego as asas da minha voz...
Um cão que vagueia
por uma cidade sem postes
Nuno Albuquerque Vaz
(nas bancas)

21/03/2007

Sangue

Uma Luz
por Cingab

Sou a favor da unidade, não do unanimismo... A Unidade só é verdadeira quando fundamentada em opiniões, e quantas mais opiniões melhor!...
Quanto menor for o espectro de pessoas que introduzem nos debates novas visões, maior é a probabilidade de ela não ser aceite por uma maioria!...
Canas de Senhorim quer ser concelho... Melhor, quer ser município!... Na verdade a Vila aldrabada nunca perdeu o seu estatuto desde que D. Sancho I (Filho de D. Afonso Henriques) resolveu dar autonomia administrativa dentro deste Portugal... Assim ficou, até hoje... E assim será enquanto correr sangue canense nas veias de um Homem... Falta o preto no branco!...
E, talvez por isso, haverá sempre uma luz ao fundo do túnel, assim saibamos mudar...

20/03/2007

Parabéns Vizela !


Historial Vizela – Recortes, de Agostinho Ribeiro
Exposição na Fundação Jorge Antunes

Câmara Municipal de Vizela e a Fundação Jorge Antunes promovem a exposição “Historial de Vizela – Recortes”, de Agostinho Ribeiro.Esta exposição inseriu-se no programa comemorativo do 9.º aniversário do Município de Vizela. É da autoria de Agostinho Ribeiro, um munícipe vizelense, e traduz-se em fotografias, recortes de jornais e outros que relembram os momentos da luta da população de Vizela pela elevação a concelho. A inauguração desta mostra teve lugar no passado dia 17 de Março e estará aberta ao público até ao dia 30 de Março, na Fundação Jorge Antunes.

19/03/2007

Marco Pinheiro

Marco Alexandre Matias Pinheiro. Nasceu em Canas de Senhorim a 25.01.1982.
O apresentador e repórter de imagem Marco Pinheiro está receptivo a novas oportunidades de trabalho e o seu perfil está disponível no Quem.TV – directório de profissionais da televisão portuguesa.

18/03/2007

C.F. Urânios de Canas de Senhorim

Mortágua FC 0 _ CF Urânios 2
Equipa de iniciados dos "Urânios"_ Época 79/80
Luís Carlos, Pais Correia , Tonito, Tó-Zé Roque ,Tony,
Borges da Silva e Mário Brandão (GR).
Pêga, Martinho, Elói, Tonito Dias e Ângelo (cap.).
foto de Antº José da Rosa Mendes

Arquitecto Gonçalo Byrne [3]


Gonçalo Byrne (Urgeiriça, 1941) é um dos protagonistas do extraordinário período que a arquitetura portuguesa atravessa. No trabalho de Byrne combinam-se os traços mais característicos de uma cultura de projeto que soube aprender com as experiências contemporâneas, sem trair as condições locais. Desde o início, Byrne manteve intensos contatos com as experiências realizadas na Europa, nomeadamente em Itália e em Inglaterra. A sua primeira obra importante, o conjunto residencial de Chelas, em Lisboa (1972-74), despertou o espírito e a abertura cosmopolita. Não menos importante se revela o bairro de Casal das Figueiras, construído no âmbirto das iniciativas SAAL, que se desenvolveram após 1974 com o objetivo de dar resposta à procura urgente de habitações com baixo custo. A partir de meados de 70 a carreira de Byrne desenvolve-se numa direção que parece não ter ainda alcançado o seu limite, como é possível verificar pelas obras que se apresentam. As encomendas tornaram-se cada vez mais importantes; tal como as obras iniciadas em Portugal para dotar o país de infra-estruturas e serviços à dimensão das nações européias mais evoluídas, que se tornam cada vez mais ambiciosas. Atento às implicações urbanas de seus projetos, e preocupado em conseguir com que cada construção sua seja o resultado do diálogo e da interpretação dos contextos históricos e paisagísticos destinados a recebê-la, Byrne possui uma linguagem formal rigorosa e simples, que é desprovida de ostentação e satisfaz da melhor maneira as suas refinadas técnicas compositivas.
Capaz de imaginar pequenas boîtes à miracles, ou de dar vida a exercícios de grande simplicidade e elegância - veja-se, por exemplo, a agência bancária de Arraiolos (1982-92), consegue dar prova da mesma sensibilidade assumindo projetos de grande escala, como por exemplo o projeto de concurso para o Centro Cultural de Belém em Lisboa (1988). Gonçalo Byrne é um modelo para a nova cultura arquitetônica européia e para todos que se obstinam em encarar o projeto como um complexo e arriscado exercício, capaz de proteger a arquitetura das tentações unitárias que a invadem com crescente insistência.

Gonçalo Byrne. Obras e ProjectosCoordenação e introdução Antonio Angelillo. Ensaio de Ignasi de Solà-MoralesEditorial Blau, Lisboa, 199822 x 28 cm - 196 p - ilustrado, cor ISBN 972-8311-15-X
http://www.vitruvius.com.br/

Projectos de Requalificação,consolidação e valorização na Região Centro(Coimbra _ Guarda _ Viseu)

1999-Projecto de Remodelação e Ampliação do Museu Nacional Machado de Castro
Coimbra
, Portugal
É tão desesperante quanto fascinante ver desfilar mais de dois mil anos de história concentrados num conjunto urbano-arquitectónico onde se é chamado a intervir projectualmente.

1999-Plano de Pormenor da Cava de Viriato e áreas envolventes
Viseu, Portugal
O Plano de Pormenor da Cava de Viriato e Áreas Envolventes, congrega num só instrumento, vários Planos já delimitados no PDM de Viseu, gravitando em torno de uma estrutura defensiva de origem historicamente indeterminada que desenha através de um sistema de fosso e de talude uma figura octogonal com um perímetro de 2100 metros e uma area inscrita de cerca de 33 hectares.


2004-Pousada de S. Teotónio - Viseu
O antigo Hospital de S. Teotónio da Santa Casa da Misericórdia em Viseu será recuperado e adaptado às funções de Pousada de Portugal

2006-Castelo de Trancoso - Projecto de Consolidação e Valorização
Trancoso, Portugal
A intervenção visa requalificar e dinamizar o espaço do Castelo de Trancoso (cerca de 960 d.C.) classificado Monumento Nacional, designadamente a criação de acessibilidades, de atendimento, espaços com carácter multifuncional e infra-estruturas de apoio a visitantes e funcionários.

http://www.byrnearq.com/

16/03/2007

Complexo Desportivo ...

... ou "Aldeia Olímpica da Raposeira"?

Património Arqueológico - Orca das Pramelas

O monumento megalítico da Orca das Pramelas em Canas de Senhorim, foi descoberto em 1985 por Horácio Peixoto. Do seu interesse arquelógico dão conta os registos da Base de Dados do Instituto Português de Arqueologia (IPA), que descrevem as sucessivas intervenções bem como as características do momumento.


ORCA DAS PRAMELAS

Tipo de Sítio: Anta
Topónimo: Pramelas
Periodo/Notas: Neolítico
Classificação: Imóvel de Interesse Público
Descrição: Monumento de planta trapezoidal e de corredor muito curto. O nível de ocupação inicial, aparentemente bem conservado, forneceu geométricos, machados de secção oval, lâminas e lamelas, e foi selado por um nível de derrube e utilização posterior de época romana imperial.
Espólio: Geométricos, lâminas de sílex, lamelas, machados de anfibolito polido, braçal de arqueiro em xisto, colar de contas discóidais em xisto, dormente de mó manual.
Trabalhos: Escavação
Ano do Trabalho: 1986
Objectivos: Intervir na área central do monumento de modo a definir a estrutura e planta do monumento determinando ao mesmo tempo, as respectivas etapas de construção. Determinar a estrutura da mamoa e respectivas etapas construtivas, procedendo para tal à decapagem do seu quadrante Nordeste e à abertura de um corte transversal segundo a linha de quadrados 16 e 19.
Resultados: Trata-se de um monumento de planta trapezoidal e corredor. O nível de ocupação inicial encontrava-se selado por uma utilização posterior de época romana imperial, provavelmente do século IV d.C.. Os materiais da primeira ocupação, bem como a morfologia do monumento, parece claramente arcaizantes, atribuíveis ao Neolítico.
Arqueólogos: António Carlos Neves de Valera; João Carlos Freitas Senna-Martinez

Trabalhos: Escavação
Ano do Trabalho: 1987
Objectivos: Concluir a escavação da câmara do monumento, tendo em vista a localização e escavação dos restos e fossas de implantação dos esteios. Concluir o estudo da violação do monumento, escavando parte do anel de pedra que circunda os esteios. Terminar a escavação do corte transversal da mamoa.
Resultados: Os trabalhos efectuados nesta campanha vêem confirmar os dados aferidos na campanha anterior, quanto à morfologia e cronologia da construção, e posterior violação do monumento.
Arqueólogos: António Carlos Neves de Valera; João Carlos Freitas Senna-Martinez


Trabalhos: Valorização
Ano do Trabalho: 2003
Objectivos: Conservar e proteger o que resta das estruturas do monumento e travar o processo de abandono a que estava submetido. Selar com sombra toda a área intervencionada na década de 80, tendo em vista a preservação e futura valorização do sítio.
Resultados: Todos os elementos pétreos que restavam da estrutura tumular passaram a ficar devidamente protegidos e consolidados, salvaguardando-se desta forma, não só a integridade física do mesmo, mas também a continuidade do seu interesse científico e turístico. O monumento passará a usufruir de uma manutenção regular e continuada, sobretudo com limpezas superfíciais pelos funcionários da junta de freguesia.
Arqueólogos: Evaristo João de Jesus Pinto/Responsável



Obs: Monumento Megalítico, descoberto em 1985. Possui "planta trapezoidal, com nove esteios na câmara, três deles na cabeceira, com um pequeno corredor constituído por seis esteios, (três de cada lado), abrindo a leste".

Ref. Bibliográficas:
- Orca de Pramelas; Informação Arqueológica; 1987; SENNA-MARTINEZ, João Carlos de; VALERA, António Carlos Neves de; Lisboa. 8, p. 107-108.
- A Orca de Pramelas, Canas de Senhorim; Actas do 1º Colóquio Arqueológico de Viseu; 1989; SENNA-MARTINEZ, João Carlos de; VALERA, António Carlos Neves de; Viseu: p. 37-50.
- Orca de Pramelas; Informação Arqueológica; 1994; SENNA-MARTINEZ, João Carlos de; VALERA, António Carlos Neves de; Lisboa. 9, p. 92-94.
- Contributo para o inventário arqueológico da Freguesia de Canas de Senhorim; Beira Alta; 1999; PINTO, Evaristo João de Jesus; Viseu. 58:1-2, p. 105-140.

12/03/2007

Urgeiriça


O plano de recuperação ambiental da área mineira da Urgeiriça é da responsabilidade da Empresa de Desenvolvimento Mineiro, S.ª (EDM). Empresa de capitais públicos, é responsável pela elaboração e condução de projectos de recuperação ambiental de zonas degradadas por antigas explorações mineiras abandonadas.
No caso da Urgeiriça, este plano tem uma intervenção vasta, mas visa essencialmente selar por aterro (grosso modo) a Barragem Velha e a Barragem Nova, bem como intervir nas zonas envolventes.
A primeira intervenção, prevista para 2006/2007, destina-se a recuperar a Barragem Velha e inclui obras complementares e envolventes à escombreira e zona industrial, estando anunciada para 2010/2011 a recuperação da Barragem Nova .

Pormenor da vedação já instalada

A Estabilização de Taludes, Selagem e Drenagem da Barragem Velha de Rejeitados da Mina da Urgeiriça e as obras envolventes foram asseguradas através de um investimento de 6.000.000,00 € e compreendem duas fases: A primeira fase já está concluída; a segunda, ainda a decorrer, foi consignada ao Consórcio Oliveiras Empreiteiros S.A. / Construtora Abrantina, S.A.. O prazo de execução previsto é de 450 dias a contar de 23/02/2006 e orça o valor de 4.370.000,00 €. Nesta conformidade, a conclusão desta fase está prevista para meados de Maio de 2007 (ver aspectos técnicos).

Barragem Velha de Rejeitados

A Recuperação Ambiental do sector da Barragem Nova, projectada para 2010/2011, tem previsto um investimento de 8.000.000,00€ (ver aspectos técnicos).

Barragem Nova

Zona Industrial

Embora tardias, estas obras parecem encerrar um capítulo negro da história da Urgeiriça. Uma zona em tempos tão agradável e convidativa ao passeio e ao relaxe, conforme atestam a construção do Hotel da Urgeiriça e a proliferação de quintas e graciosas moradias nas densas matas vizinhas e campos circundantes, viu-se desprovida desse encanto pelo depósito a céu aberto, desmedido e irresponsável, de materiais nocivos para o ambiente e para a população. O declínio da empresa, o abandono das infra-estruturas industriais e dos resíduos radioactivos, ainda veio piorar o já funesto panorama.
Requalificar não se esgota na descontaminação e na confinação das áreas intervencionadas. Na sequência da completa erradicação da radioactividade na zona, circunstância plenamente assegurada pela credibilidade da instituição que assegura os trabalhos, importa devolver a qualidade do espaço envolvente às pessoas, assegurando-lhes qualidade de vida e integração plena.
Todos conhecemos o vazio emocional deixado pela decadência da empresa. A comunidade, que foi próspera e usufruía de uma quantidade de componentes lúdicas e sociais pioneiras à altura, vive agora de memórias, debilitada pela falência da empresa. Ainda me lembro da sala de cinema da Casa do Pessoal, onde pela primeira vez tive contacto com a sétima arte, da frequência elitista do Hotel da Urgeiriça com o seu campo de golf e de ténis, a preferência dos ingleses por este lugar que, à semelhança do Caramulo e outras estâncias pitorescas, era dos mais belos de Portugal. Recordo o campo de futebol e os “Urânios”, os espectáculos e os grandiosos bailes, a entrega de presentes de Natal aos filhos e familiares dos trabalhadores, o teatro, os saraus, a fantástica festa em honra de Sta. Bárbara, padroeira dos mineiros, os diversos campeonatos desportivos nas mais diversas vertentes e modalidades, desde o ping-pong ao xadrez, do futebol ao atletismo. Sei lá, tantas coisas que enchiam de orgulho o bairro da Urgeiriça e que hoje, em parte, ainda acredito serem possíveis de revitalizar.
Mais que lamentar, importa agora, devolver essa beleza às gentes que resistiram à agonia do complexo industrial e que naquele local investiram as suas vidas. Que nele trabalharam e dele herdaram o cenário caótico e as doenças inerentes aos materiais manipulados.
Fala-se de valorizações pontuais, como a construção de um museu. Mas isso não basta. Quando as obras de requalificação estiverem completas, assiste à população da Urgeiriça o direito de reivindicarem para eles um projecto arquitectónico equilibrado que, assente na preservação da natureza e no reaproveitamento e recuperação dos edifícios residuais do complexo, lhes proporcione o futuro agradável que o passado lhes negou.

11/03/2007

Maximino [1]

Talher pertencente à colecção de HP

Peça de Maximino pertencente à fundação Mário Soares

Casa de Maximino no Rossio de Baixo

GDR anos 40

Mangualde 1- Canas 3
Toninho Correia, Félix, Sousa, Pernica, ??? e Paiva (GR)
Valejo, Barata, Mário Sofio, José Serralheiro e Pedro.
foto Arq. Amef
Grupo Desportivo e Recreio de Canas de Senhorim

10/03/2007

A palavra dada!


...o que o Presidente da República pretendeu, ontem, foi sublinhar "a importância do cumprimento da palavra dada"... (JN)

O Aldrabão deve ter ficado com as orelhas quentes, de facto, de honra aquele senhor nunca deve ter ouvido falar...

09/03/2007

O Vírus SCCCS


Decorria o ano de 3445...

No alto de uma pequena ilhota do Atlântico Norte, outrora, antes da subida das águas chamada Escócia, um estudante de arqueologia encontra uma amalgama de metal que continha um compósito circular...
Rapidamente, com o seu aparelho detecta que existem umas alterações magnéticas capazes de conter alguma informação de civilizações antigas...
Já na sua universidade, uma plataforma no meio do mesmo oceano, mas a caminho do equador, descobre pedaços de informação que os antigos chamavam Internet!...
De vez em quando, tal como um vírus informático pré-histórico, uma informação aparecia no seu monitor de realidade virtual:
- Canas de Senhorim a Concelho!...
Em imagens de pessoas, notícias, lutas, blogues e mais um milhar de pequenos fragmentos de nada!...
O estudante apresentou as suas investigações ao professor, que logo lhe deu o trabalho para o final de curso:
Descobrir Canas de Senhorim e o significado de tudo aquilo...
Descarregou toda a informação para a parte biónica do seu cérebro, para melhor poder scanar, entender e cruzar informações com pessoas de todo o mundo...
Passado uns meses, toda a gente que tinha cruzado informações com o cérebro do estudante, estranhamente, gritavam sem lógica aparente:
- Canas de Senhorim a Concelho!...
O estudante e os outros, tinham um vírus, já que o implante cerebral já fazia parte integrante dos seus corpos e por isso, apesar da evolução no ramo da medicina, não parecia possível combater esse mal!
Algum médicos comparavam esta maleita a uma outra do final do II milénio chamada SIDA!...
- Você desculpe, mas contraiu SCCCS (Síndrome da Criação do Concelho de Canas de Senhorim)!... Não tem Cura!...
Na verdade, haviam uns medicamentos que conseguiam adormecer o vírus, mas, qualquer alteração da integridade biónica, catapultava o portador para uma luta sem sentido:
- Canas de Senhorim a Concelho... O Povo Unido Jamais Será Vencido... Sampaio é um Aldrabão!
A todas (e outras) estas palavras de ordem, juntavam-se atitudes estranhas para aquela época. Cordas ao pescoço, marchas lentas, assobios, boicotes, cortes de vias públicas!...
Anos mais tarde, um investigador resolveu ir ao fundo do problema, apenas uma pergunta se lhe colocava: Mas, afinal, o que raio é Canas?
Nada descobriu!... Passou a ser mais um dos incontornáveis mistérios da história!...

Contudo, anos mais tarde, a cura foi descoberta...
O Governo Mundial, por causa do excesso de população nas plataforma marítimas existentes, iniciou a construção de uma nova, no oceano Atlântico, em que o centro era exactamente a longitude -7,9 e latitude 40,5...
Estranhamente, os portadores do vírus SCCCS confluíram para esse local inóspito, colonizaram-no e, por isso, deram-lhes autonomia administrativa...
No dia da festa de fundação de -7,9.40,5, com a presença do Admirador Mor do Planeta Terra, onde foi inaugurado o edifício autonómico -7,9.40,5, estranhamente, todos os habitantes ficaram curados... O vírus tinha como por artes mágicas, desaparecido... Bem, não se pode dizer que tenha desaparecido, mas tornou-se benigno... Novas formas culturais apareceram com aquele povo: Carnaval, Feiras da Idade Moderna, Teatro, Futebol, Danças, músicas associativismo sem fins lucrativos...
E, àquele local, todos passaram a chamar Canas de Senhorim – O Concelho!

Ass: Alguém que não se quis identificar

08/03/2007

Nuno M. Cardoso

Entrevista do encenador e actor Nuno M. Cardoso
ao Jornal Canas de Senhorim

[...] JCS - Como pensa poder edu­car-se os gostos do público em ma­téria de teatro?
N. C. - Nunca se deve educar nin­guém: acho que é um perigo pensar assim. Podemos provocar, seguir, criticar, mas nunca ter e presunção de educar. O Peter Brook costuma dizer que isto do público é como cultivar trigo, atiram-se as semen­tes, espera-se que algumas cresçam , e reza-se por bom tempo.
JCS - O que pensa da acção dos pequenos grupos de teatro amador que existem um pouco por todo o país?
N. C. - Não conheço bem essa realidade.
JCS - O que significa para si, hoje, Canas de Senhorim?
N. C. - Canas de Senhorim é a minha terra.
O sítio de onde venho e para onde vou. Não me vejo enterrado senão ali frente ao campo da Rapo­seira. São os meus pais, a quem eu devo tudo, a Família. O Paço, o Ros­sio, a Urgeiriça e o Casal. É o café do Sr. Ilídio às quatro esquinas
.
É onde volto sempre e donde nunca saí.

in Jornal Canas de Senhorim, 27 de Fev de 2007

Sobre o trabalho de NMC em Othello ...

[Shakespeare chamou-lhe Othello, mas a mais fascinante personagem do texto foi sempre Iago, o manipulador genial, o "demónio do Ocidente" na formulação de Harold Bloom, que considera que "entre todos os vilões da literatura, ele tem a honra nefasta de ocupar uma posição inatingível". Em Otelo, actualmente em cena no São João, é mais uma vez sobre Iago que se concentra o principal interesse e o principal terror. O que não se explica apenas pelo texto, mas também pelo desempenho de Nuno Cardoso, que compõe um Iago visceral e insidioso que arrebata a peça desde a primeira fala. A ajudar a este domínio - intelectual acima de tudo, pois Iago não tem verdadeiros adversários - está a encenação, que opta pelo despojamento e por figurinos atemporais. Percebe-se a ideia de Nuno M. Cardoso quando refere Otelo como um "ringue frio, da palavra", mas a opção pelo mínimo resulta quando emergem grandes intérpretes, e neste caso emerge apenas Nuno Cardoso - e o seu diabólico Iago.] in recortar.blogspot.com

Património Arqueológico

Em tempos, escrevi um texto com o título “Caminheiros do Túmulo”, no qual, ao referir-me aos túmulos das Pedras da Forca, questionei o seu valor arqueológico, dada a ausência de qualquer referência no local da qual se pudesse avaliar o seu verdadeiro interesse. Passo a transcrever:

[…] Esculpido na pedra maciça e talhado na forma poupada de um corpo humano, remete para tempos remotos mas de nada nos serviram especulações sobre a época e os costumes, pois a sepultura no seu silêncio granítico nada confirmou. Das duas uma: Ou um túmulo com esta simplicidade, sem qualquer inscrição, não é susceptível de grande interesse arqueológico ou, caso contrário, se efectivamente foi possível datá-lo e relacioná-lo historicamente, carece de tratamento patrimonial e de alguma referência informativa local, à semelhança do que foi feito e muito bem no caso da sepultura da Orca das Pramelas. […]

Pois o(s) dito(s) túmulo(s) têm efectivamente interesse arqueológico, patente no registo da Base de Dados do Instituto Português de Arqueologia (IPA), cuja investigação foi levada a cabo pela arquóloga Sandra Clara Alves Lourenço em 1998.
Embora não tenham sido classificados de interesse público pelo IPA (de referir que a anta da Orca da Pramelas foi considerada de interesse público), constituem valor histórico e patrimonial que interessa preservar e dar a conhecer. Inserem-se num vasto conjunto de sepulturas escavadas na rocha na região de Viseu que já foram objecto de vários estudos e de dissertações de mestrado.
Deixo aqui os registos das sepulturas das Pedras da Forca constantes na referida Base de Dados.

Pedras da Forca 1


Tipo de Sítio: Sepultura
Topónimo: Canas de Senhorim
Periodo/Notas: Medieval Cristão
Descrição: Duas sepulturas antropomórficas abertas lado a lado no mesmo afloramento granítico. As cabeceiras, em arco ultrapassado, possuem um bordo bem delineado. Ambas se encontram parcialmente destruídas, sendo a mais afectada, a localizada a Sul.
Trabalhos: Relocalização/Identificação
Ano do Trabalho: 1998
Resultados: Localizam-se num pinhal a ocidente da Urgeiriça. As sepulturas foram abertas no mesmo afloramento granítico.
Arqueólogos: Sandra Clara Alves Lourenço (responsável)


Pedras da Forca 2


Tipo de Sítio: Sepultura
Topónimo: Canas de Senhorim
Periodo/Notas: Medieval Cristão
Descrição: Sepultura escavada na rocha, implantada num pinhal numa vertente suave. Apresenta tipologia antropomórfica de traçado rectangular e cantos delinedos. Destinar-se-ía a um adulto. O topo da cabeceira encontra-se parcilamente destruído.
Trabalhos: Relocalização/Identificação
Ano do Trabalho: 1998
Resultados: O topo da cabeceira encontra-se parcialmente destruído.
Arqueólogos: Sandra Clara Alves Lourenço (responsável)

Referências Bibliográficas:
- Sepulturas escavadas na rocha na região de Viseu; 1995; MARQUES, Jorge Adolfo de Meneses; Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto
- Património arqueológico da vila e freguesia de Canas de Senhorim; Canas de Senhorim. História e Património; 1996; PINTO, Evaristo João de Jesus; Canas de Senhorim. p. 11-51.
- Contributo para o inventário arqueológico da Freguesia de Canas de Senhorim; Beira Alta; 1999; PINTO, Evaristo João de Jesus; Viseu. 58:1-2, p. 105-140.