Canas OnLine

30/12/2005

O Roubo


Júlia Nery

I acto
cenaXI
[...]
1ª Mulher_Tanta inveja nos têm!Quando os canenses começam a dar que falar, logo vem uma desgraça para nos calar a vaidade. (...)
1ª Mulher_Mas parece que até S. Pedro está contra nós!
2ª Mulher_Grandes pecados haverá nesta terra para que tenham vindo as trovoadas e granizos queimar as vinhas, os pomares e as milharadas!
3ª Mulher_Até o governo vem acrescentar novas desgraças roubando-nos o Concelho!
A achincalhar as gentes de Canas de Senhorim. [...]

Júlia Nery_«Do Forno 14 ao Sud Express com Autos e Foral» _1996

29/12/2005

clama,silencioso...



[...] Colocado no Largo a que deu nome, apresenta ainda o granito alvo. Não sendo o Pelourinho original, é um monumento, porque está agarrado à História do velho burgo municipal. Perpetua a memória de tempos idos e clama, silencioso, por esses foros municipais perdidos.
O Pelourinho de Canas de senhorim-Antº José Cardoso de Oliveira-Canas de Senhorim_História e Património-JF,1996

Concerto de Natal

Tutti Ensemble
Orquestra de cordas de Coimbra

Canto & Encanto
Grupo Coral Canas de Senhorim

Tutti Ensemble+Canto&Encanto

Igreja Matriz - Canas de Senhorim - Natal 05

23/12/2005

Canto & Encanto

grupo canto e encanto foto blog canas + jovem
6ª Feira, dia 23 Dezembro, às 21,30h, terá lugar o 4º Concerto de Natal do Canto e Encanto, na Igreja. A novidade será a actuação do "Tutti Ensemble", uma orquestra de cordas, de Coimbra. Imperdível!!!Gostávamos de ver a Igreja cheiinha!!!BOAS FESTAS!
Amef

16/11/2005

O Queijo


in http://canassemcensuras.blogspot.com/

15/11/2005

Miguel Portas



Canas é obrigada a ser administrada por outros!

“Não considero que se possam obrigar populações a serem administradas contra a sua vontade e em conflito com o vizinho. Quando a esmagadora maioria de uma população quer a separação, ela deve ser facultada pela República. Ou o conflito dessa população passará a ser com a própria República.”
Miguel Portas
- Membro do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde
- Membro da Comissão da Cultura e Educação
- Membro suplente da Comissão dos Assuntos Externos
mportas@europarl.eu.int

postado por Por Quem Não Esqueci in http://canassemcensuras.blogspot.com/

Assembleia de Freguesia*





Foi dito na Assembleia de freguesia de Canas de Senhorim que o BE e o PSD se preparam para apresentar os respectivos projectos lei de criação do Concelho de Canas de Senhorim!

* http://cingab.blogspot.com/

Canas de Senhorim Lágrimas, abraços, champanhe e foguetes


"É uma vitória de todos, acabou o nosso suplício." poderia ser este o resumo do sentimento vivido ontem pelos habitantes de Canas, depois de conhecida a elevação a concelho.
Passavam dois minutos das 18h(...)"Vitória!" , ouviu-se em uníssono. Nos minutos seguintes todas as palavras espelhavam um sentimento entre a euforia e a libertação. "Acabou a ditadura que nos atrofiava". "Chegou a liberdade , agora é que Canas vai ser uma grande terra"
Nuno Amaral in Público 2 jul 03

14/11/2005

Uma ideia...


C.S._Como é que vê a luta do povo de Canas pela independência concelhia?
Dr. Pêga_[...] quero para Canas, o melhor!E o melhor será a criação (restauração) do Concelho, que favoreceria o seu desenvolvimento e o seu progresso que - salta aos olhos - lhe têm sido negados! Essa meta é um desígnio que a população aspira há muitos anos; para tal bastará que os nossos políticos cumpram o que prometeram e que o chefe supremo da Nação nos trate em pé de igualdade com as populações que viram idênticos anseios concretizados. Tenho muita confiança no Presidente da República!
in Jornal Canas de Senhorim_23 -04-04_Pessoa Pessoas...[Dr.Pêga]Entrevista de AMEF

10/11/2005

José Adelino



Não virá muito a propósito, mas como este é um dos blogues a que consigo aceder, pretendo deixar a (triste) notícia de que faleceu hoje, dia 8 de Novembro, o grande Amigo de Canas, José Adelino Colaço Vasconcelos. A ele se deve, sobretudo, a enorme Biblioteca que se encontra na posse dos nossos Bombeiros.O seu corpo está em câmara ardente na Igreja de S. José, em Coimbra, de onde sairá amanhã, pelas 15 horas, para o cemitério da Conchada, daquela cidade.A este grande Amigo da nossa terra desejo que repouse na Paz do Senhor.
AMEF

http://bibliotecajoseadelino.blogspot.com/

25/10/2005

Sangue

D. Sancho I
Segundo rei de Portugal, filho de D. Afonso I e de D. Mafalda.
Casou em 1174 com D. Dulce de Aragão. Por volta de 1170 passou a comparticipar da administração pública, pois o seu pai estava doente. Após a morte de seu pai foi solenemente aclamado em Coimbra.
Foi um grande administrador, tendo acumulado no seu reinado, um verdadeiro tesouro. Protegeu a fomentou a indústria, o povoamento das terras foi uma das suas maiores preocupações, criou concelhos e concedeu cartas de foral. Conquistou Silves, que era na altura uma cidade com 20000 a 30 000 habitantes a uma das mais ricas cidades do ocidente peninsular e também Albufeira.
No campo da cultura, o próprio rei foi poeta e enviou muitos bolseiros portugueses a universidades estrangeiras.


D. Jorge (Portugal no seu melhor...)

20/10/2005

Basílio Horta

foto http://concelhodecanas.com.sapo.pt/
Quando olho para vocês, quando vejo o vosso sentir, a vossa vontade, a vossa firmeza, eu apetece-me dizer: hoje, também, eu sou um Canense como vocês.
Não pode haver formalismo da lei que vos pare, não pode haver formalidades que vos desarmem, porque a razão, porque a vontade, porque a vontade do POVO, há-de sempre sublevar ao formalismo dos democratas(...)
O que está aqui, a riqueza gerada aqui, é fruto do vosso trabalho, não deveis nada a ninguém, por isso nada mais legítimo, nada mais justo, do que lutar para administrar, para gerir aquilo, que é o fruto do vosso trabalho, é por isso, que não vem mal ao mundo, que criem o Concelho de Canas, vem mal ao mundo é se o Concelho de Canas não for criado."

CDS/PP Basílio Horta Apoia Criação do Concelho de Canas de Senhorim in sítio http://concelhodecanas.com.sapo.pt/

17/10/2005

Povo Unido



Assembleia Popular_Canas de Senhorim
Largo da Igreja_15 de Junho 1975
Capa do livro Canas de Senhorim, O que somos o que queremos, Julho 1975, editado pela Comissão de Moradores de Canas de Senhorim.

16/10/2005

Granitos trabalhados


Pela reforma de 1866, volta Canas a ser sede de um concelho com área ainda maior. A revolução da Janeirinha acabou por determinar a sua extinção. Seguiram-se-lhe lutas mais ou menos prolongadas e violentas que a população de Canas travou para a sua manutenção, mas que a força de armas acabou por dominar.
Pareciam, assim, ter acabado as justas aspirações dos Canenses ao seu município, sufocada que foi pela força pública a sua própria vontade.
A degradação e o abandono a que logo começaram a ser votados seria o castigo imposto à sua rebeldia e até à sua total submissão...
Puro engano! As suas tradições municipalistas, as particularidades históricas que ressaltam do seu património, dos seus granitos trabalhados ou das suas casas tradicionais têm sido a força necessária e suficiente para, em cada momento e em todos os lugares, lhes alimentar a sua inequívoca vontade de restaurar o que era seu - o seu próprio concelho.

13/10/2005

c & a

Começar de novo


Canas de Senhorim is a pleasant town conveniently situated within easy reach of the Serra da Estrela mountain range, midway between Mangualde and Carregal do Sal.Its close proximity to the rivers Mondego, Dão, Vouga, Paiva and Távora provide excellent opportunities for cruising and riverside bathing.What to see. The town is a suitable base for those wishing to explore central Portugal and the Serra da Estrela, staying in high quality accommodation such as the Hotel Urgeiriça, a landmark property maintained in a distinctive English style. Recently restored, the hotel is reminiscent of an old-fashioned country house, with huge fires in winter and great vases of brilliant flowers during the spring and summer months. Alternatively, the Casa Abreu Madeira is a majestic 18th century manor-house where guests can savour delicious home-made Dão wine.Nearby. Canas de Senhorim is located in the heart of the Dão Lafões region of central Portugal, an area known for its hot springs, many of which have been transformed into spa centres such as São Pedro do Sul, Felgueira, Carvalhal (Castro Daire) and Alcafache (Viseu), which specialise in the treatment of dermatological and respiratory problems, arthritis, asthma and bronchitis.

11/10/2005

Matriz

[...]
Guardo a tua fotografia de menina
quando foste minha mãe.
Minha mãe era uma menina
que ficou menina para sempre.
[...]
Almada Negreiros,Poemas

23/08/2005

Portugal Escuta! Canas está em Luta!

(...) Estamos num país onde por vezes parece que há medo da democracia, onde nos estão sempre a dizer, calem-se, porque o vosso problema vai ser resolvido e nós sabemos que quando nos calamos nada é resolvido. Os Canenses não se podem calar, os Canenses não se devem calar e devem continuar a falar até que sejam finalmente ouvidos. Estou certo de que vão ser ouvidos mas também vos digo que os momentos e os tempos que se aproximam não são fáceis. Este momento ,nesta conjuntura política, não é favorável à vossa luta. Uma luta que aguentou 30 anos tem que saber manejar as conjunturas políticas,tem de saber quando deve avançar e não avançar no momento certo
Boaventura Sousa Santos- colóquio, 10 junho 04 in Jornal Canas Senhorim texto H.Ambrósio

21/08/2005

1986

(...) esta data(2 de Agosto 1982) ficou a marcar na memória colectiva a capacidade de mobilização da população à volta do ideal de restauração do concelho, projectando a luta a nível nacional. Foi a primeira acção violenta no processo reivindicativo do concelho, mostrando a vontade de resistência local às imposições das autoridades concelhias, distritais e nacionais. A comemoração anual dessa data inscrevia na prática a memória da resistência e da solidariedade.

Outra data politicamente marcante para o Movimento foi ter concorrido em 1986 com uma lista própria às eleições para a junta de freguesia, apresentando-se como único opositor o Partido Socialista (PS). Saíu vencedor o Movimento por uma larga margem. Esta data viria a coincidir com o início da crise da Companhia Portuguesa dos Fornos Eléctricos. A junta de freguesia tomou muitas posições denunciando a situação crítica daquela empresa, e a situação laboral difícil na localidade viria a sobrepor-se na prática às exigências de autonomia administrativa.
José Manuel de Oliveira Mendes
Uma localidade da Beira em protesto: memória, populismo e democracia

José Teles

(...) José Teles, recorda que o PCP "sempre defendeu a elevação de Canas Senhorim a concelho". JT reivindica para o PCP o estatuto de "único partido que sempre acreditou na justa reivindicação" da população e fundamenta a afirmação com os numeros dos projectos-lei apresentados na AR:"O PCP apresentou 5, o PP 1, o PSD 1 e o BE 1".
(...) cheguei a ser acusado de de ser manipulado pela população de Canas". O dirigente comunista desvaloriza a dimensão populacional do futuro concelho..."Penedono tem 3000 eleitores e é concelho há muito tempo", argumenta José Teles.
FG in Jornal do Centro,4 julho 03

19/08/2005

25º Concelho do distrito de Viseu


Canas de Senhorim, o 25º concelho do distrito de Viseu
Um extenso cordão humano esperou estoicamente o líder do MRCCS, Luís Pinheiro, na Av. da Estação ao fim da noite ,no dia em que a AR aprovou a criação de 2 novos municípios.(...)
O primeiro ministro D. Barroso foi o político mais recordado como apoiante do novo concelho. Mas Pinheiro não se esqueceu de lembrar ausentes na festa que terminaria em quase orgia de música, carnes grelhadas e bebidas à borla. Como o projecto aprovado horas antes era tripartido PSD, PCP e BlocoEsquerda - lembrou L.Fazenda(BE),Hélder Amaral(CDS), e José Teles (PCP)
texto e fotos JGLorena in Jornal do Centro 4julho03

09/08/2005

Luís Fazenda


O Sr. Presidente: - Para apresentar o projecto de lei n.º 114/IX - Criação do município de Canas de Senhorim (Bloco de Esquerda), tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda.
O Sr. Luís Fazenda (Bloco de Esquerda): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Bloco de Esquerda acompanha o desejo de auto-governo municipal por parte das gentes de Canas Senhorim. Esse desejo de auto-governo municipal é antigo, constituiu uma identidade própria e manifesta-se numa área onde estão estabelecidas as infra-estruturas mínimas para o efeito…
O Sr. José Junqueiro (PS): - Que grande aldrabice!
O Orador: - … e contém, ainda, uma questão muito importante, um parecer positivo da CCR acerca da viabilidade financeira do município a constituir.Esta circunstância, toda ela articulada com o facto de ser inegável a referência histórica e cultural desta vila, aliás, objecto de estudos interessantíssimos por parte do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, mostra bem que a identidade é forte, o desejo de auto-governo municipal prevalece e deve ser claramente apoiado pelo legislador.Costuma objectar-se contra a criação do concelho de Canas de Senhorim, em primeiro lugar, com a inexistência de uma reforma administrativa. Mas as populações não podem ser punidas pela falta de coragem política dos principais partidos que se foram substituindo no governo por, em cerca de 30 anos, não terem metido mãos a uma reforma administrativa que venha diminuir as irracionalidades da organização administrativa municipal.Costuma também objectar-se em relação à dimensão e à população, fazendo tábua rasa de que há muitos municípios com dimensões similares e com população da mesma ordem de grandeza.Costuma objectar-se, até, que não terá grande racionalidade olhando para o mapa e para as escalas, mas esse é, seguramente, o complexo do citadino tecnocrata que olha para mapas e não vê identidades locais e não vê a sua força.Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: É tempo de terminar um conflito que dura há mais de 20 anos, procurando a conciliação e o desenvolvimento, procurando que não tenhamos mais populações reprimidas em desejos que são absolutamente legítimos.A manutenção da actual situação só iria levar a que se agudizassem problemas de subdesenvolvimento, quer na freguesia de Canas de Senhorim, quer no conjunto do concelho de Nelas.A obtenção do concelho de Canas de Senhorim não é feito contra ninguém, é feito a favor de todos. É tempo de entendermos isto e de ultrapassarmos alguns caciquismos locais e algumas prepotências abusivas de eleitos locais no concelho de Nelas. Sei do que falo, conheço o território, conheço a zona, lá habitei muitos anos, e acho que é tempo, mais do que tempo, de dar guarida a este desejo de auto-governo municipal. (...)

Assembleia da República, 1 julho 03

21/07/2005

dualidade de critérios de um PR


Não há melhor indicador da animação pré-eleitoral que se vive em Vizela do que o número de candidatos que se fazem à Câmara. Ao todo, são oito, sinal de que existe na terra uma enorme vontade de participar na construção de um concelho arrancado a ferros ao poder central. O «grito do Ipiranga» vizelense aconteceu a 19 de Março de 1998, deixando para trás quase um século de luta, que ganhou grande visibilidade aquando da revolta de 1982, em que a população ocupou a linha férrea e reteve um comboio. Este viria a ser resgatado pelas forças policiais, com violentos confrontos à mistura. «Vontade igual à de Vizela, só a de Canas de Senhorim», afirma Manuel Campelos, líder histórico do Movimento pela Restauração do Concelho de Vizela (MRCV), que vai a votos como independente pelo CDS/PP.
visaonline.nov.01

http://www.cm-vizela.pt/site/mensagem.asp

Hostilização sistemática,desinvestimento e violência simbólica[1]


Num comunicado da CM Nelas, datado de 26 de Junho 03, o signatário, presidente da CM, invoca o seu direito à indignação acerca da possibilidade de o concelho de Canas de Senhorim vir a ser criado e lança o anátema do remorso eterno à maioria parlamentar que o venha a aprovar. Não deixa de ser caricata tal posição pública, depois de quase 6 anos de hostilização sistemática, de desinvestimento e de violência simbólica(de que é exemplo o monumento pago com o desvio da verba de uma estrada a construir na freguesia de Canas de Senhorim, já depois de incluída no orçamento camarário) da Câmara Municipal, com o beneplácito da Assembleia Municipal na que ainda é a freguesia de Canas de Senhorim (situação que, pelos vistos, não causou remorsos a nenhum elemento desses dois orgãos autárquicos).

in Jornal Público_2 Julho 03_Para que serve um Concelho em Canas de Senhorim
Ana Mouraz

20/07/2005

velhas e novas mordaças


A tua terra é mais linda do que pensas, mais nobre do que supões(...)
Prof. João Miranda 1930
[...]Quantas horas não passou meu pai debruçado sobre livros e documentos - a consulta de alguns dos quais lhe não foi facultada pelo Arquivo Municipal de Nelas (diz nos seus apontamentos), coligindo a história do Concelho de Canas de Senhorim com vista à sua restauração!
Pois se nessas gerações alguns grãos de amor pela terra natal ficaram semeados agora despontam enraizados na democracia.
'LUTA NOS ANOS 30' / Mª Helena Borges Miranda /CdeS O que somos o que queremos, 1975

19/07/2005

URÂNIO


Canas de Senhorim vai processar o Estado português pelos presumíveis efeitos na saúde da população das minas de urânio da Urgeiriça, revela, ao DN, o presidente da Junta de Freguesia e do Movimento para a Restauração do Concelho de Canas de Senhorim..Os responsáveis, desde o município "de Nelas à administração central", têm-se mantido, no entanto, "ao longo de décadas", indiferentes aos alertas e aos protestos dos habitantes de Canas de Senhorim.Aliás, recorda, "levámos com duas cargas policiais, quando tentámos impedir a saída de urânio", em final de 2004, para a Alemanha, reafirmando que "havia problemas que têm de ser resolvidos". E, agora, "vamos recorrer aos tribunais".Luís Pinheiro considera, contudo, não existirem "razões para alarmismo". Mas, adverte, há motivos mais que suficientes para que se exijam medidas para ultrapassar este problema de saúde pública e, aludindo à restauração do concelho, porque "Canas não quer viver com aquela gente" da Câmara de Nelas.
in DNonline

15/07/2005

Justiça

[...]O Movimento para a Restauração do Concelho de Canas de Senhorim (MRCCS) não pode, neste momento tão decisivo para o seu povo, deixar de esclarecer e alertar como segue:
É do conhecimento geral a luta que o povo da freguesia, determinado por sentimentos ancestrais e actuação correspondente, trava desde que perdeu o seu concelho até ao momento presente.
Os compromissos orais ou escritos de certas formações partidárias e dirigentes seus de apoio à restauração ou criação do concelho de Canas de Senhorim fundaram no seu povo as mais legítimas expectativas de se respeitarem, finalmente, manifestações da sua vontade e acabar definitivamente com a "COLÓNIA DE CANAS DE SENHORIM", reconhecendo-se-lhe, de novo, o direito de ser livre e reatribuindo-se-lhe a antiga dignidade
De facto, Canas de Senhorim tem mais população do que a maioria das 23 sedes dos concelhos do distrito.
Canas é uma "colónia" sendo tratada como tal, e ninguém lhe resolveu nem permitiu que alguém resolvesse ( e isto por conveniência) os seus problemas.
E Canas de Senhorim não resolveu esses problemas por não ser sede do concelho.
É um círculo de que não querem que saia, mas cujos argumentos reais são mais fortes do que as armas usadas por aqueles que defendem a falsa defesa.
Mas os homens fazem, alteram e revogam as leis, e o povo de Canas de Senhorim já sabe disso e espera que se faça justiça.
[Processo para a Restauração do Concelho de Canas de Senhorim] http://www.geocities.com/RainForest/Vines/9618/Canas.html#Topo

Canas de Senhorim

in bloglandia

13/07/2005

A Prova de que existiu um compromisso do PR com o MRCCS?

Sampaio: Eleição de governo europeu é «ideia interessante» considerou o Presidente da República, Jorge Sampaio, em entrevista hoje publicada no «Diário Regional de Viseu».
( 07:46 / 08 de Junho 00 )
O Presidente da República, Jorge Sampaio, em declarações ao «Diário Regional de Viseu», defende a eleição de um presidente ou de um governo europeus como «ideias interessantes», ainda que não tivesse chegado o tempo para a pôr em prática.(...).Manifestando «grande orgulho no que os portugueses puderam alcançar», o Presidente da República afirma que, enquanto Estado, a prioridade portuguesa deve continuar a ser a «educação e formação permanentes, chaves da afirmação dos valores e da cultura, da permanência da identidade nacional, mas também da capacidade para competir num mundo em mudança acelerada».«O mais importante é a confiança dos portugueses no seu futuro colectivo», explica
.Na única incursão regional ao longo da entrevista, o Presidente da República, que no próximo dia 10 preside, na cidade de Viseu, às cerimónias comemorativas do Dia de Portugal, demonstra o «maior respeito» pelas pretensões dos cidadãos que querem a elevação de Canas de Senhorim a concelho e de Lamego a distrito.«Como cidadãos de uma comunidade livre e democrática, devem merecer-nos toda a consideração os movimentos dos nossos concidadãos e as questões de organização territorial do nosso Estado», conclui.
arquivo TSF-8 junho 2000

11/07/2005

Património

Razões de uma LUTA

Se já antes havia registo de escritos e de posições contra a situação existente, é após o 25 de Abril de 1974 que as reivindicações para a restauração do concelho se vão acentuar. Em 1975, em pleno processo revolucionário, e após algumas assembleias populares, foi elaborado um caderno reivindicativo e um abaixo-assinado, ambos enviados ao Ministro da Administração Interna. Nesse caderno reivindicativo pode-se ler que, « [...] Apesar da sua ampla participação na economia e no erário nacionais, [Canas] foi, desde sempre, vítima da mais dura opressão e exploração [...]» (Vários, 1975). A acção da Câmara de Nelas era denunciada como explícita na subtracção de infraestruturas à freguesia de Canas de Senhorim, e apelava-se à consagração jurídica da descentralização da administração local. Era fixado um prazo de 90 dias para a obtenção de respostas ao caderno reivindicativo, e, findo este prazo, a assembleia popular de Canas delegaria poderes na Junta de Freguesia para cobrar e aplicar os impostos localmente. Ainda segundo o manifesto, as sedes das grandes empresas que laboravam na freguesia deveriam ser transferidas para Canas, pois «Nelas e Lisboa não podem continuar a colonizar Canas».
Neste documento eram referidos como interlocutores legítimos, para a aplicação das medidas propostas, representantes do povo de Canas livremente eleitos, delegados do governo ou do MFA (Movimento das Forças Armadas), considerando-se impossível qualquer negociação com as autoridades concelhias. Os mentores da acção reivindicativa procuravam projectar a questão da autonomia administrativa de Canas para um plano de relevância nacional, tentando mobilizar as autoridades recentemente constituídas no âmbito do processo revolucionário em curso no país. Faziam-no salientando a larga base operária da população de Canas e o poderio socioeconómico desta localidade no contexto do concelho, do distrito e do país.
Basicamente, os argumentos permanecem na actualidade os mesmos. Em documento constante do "Processo Relativo à Restauração do Concelho de Canas de Senhorim" elaborado pelo Movimento de Restauração do Concelho de Canas de Senhorim (MRCCS) (1999), apela-se para que « [...] deixem de vez Canas de Senhorim ser livre e digna, expurgando-a definitivamente das velhas provocações sob a forma do chamado NEO-COLONIALISMO INTERIOR [no original]». Neste documento, o Movimento propõe também, como forma de contornar os critérios demográficos impostos pela Lei Quadro de Criação de Municípios, dois processos de criação de municípios: pela lei (concelhos quantitativos, urbanos ou administrativos) e pela vontade das populações (qualitativos, rurais ou histórico-municipalistas). São os argumentos apresentados para justificar esta segunda modalidade que me interessa realçar. Eles são justificados pela ideia de interioridade e da necessidade de desenvolvimento socioeconómico equilibrado e sustentado. Assim, para que seja criado um concelho é necessário, segundo o Movimento, existirem condições e estruturas iguais ou semelhantes às do concelho mãe; haver vontade da população, manifestada em vários actos públicos (argumento da representatividade local) e a existência de tradições municipalistas (argumento histórico).
Entre os protestos e reivindicações anteriores e os actuais, emerge contudo uma diferença marcante. Antes eram feitas referências constantes ao facto de Canas ser das freguesias mais populosas e industrializadas do distrito de Viseu, contribuindo para metade do seu produto interno bruto. Actualmente, os documentos do Movimento salientam, após a perda da influência económica no concelho e no distrito, o espírito de progresso e a grande qualificação dos recursos humanos da freguesia de Canas. Considera-se que um dos principais obstáculos ao desenvolvimento de Canas é a necessidade que sentem os trabalhadores qualificados de procurarem emprego fora da freguesia (deslocalização forçada).

José Manuel de Oliveira Mendes
Uma localidade da Beira em protesto: memória, populismo e democracia

http://www.ces.fe.uc.pt/

09/07/2005

Mais uma sugestão para o Dr.J.Sampaio


Companhia das Águas Medicinais da Felgueira, S.A.
Caldas da Felgueira3525–201 Canas de Senhorim



Embora referida, nas memórias paroquiais mandadas fazer em 1758 pelo Marquês do Pombal, apesar de não se fazer menção à povoação já se faziam referências à existência de uma "nascente quente e sulfúrica no limite do lugar de Vale de Madeiros".(...)No entanto, é no começo do séc. XIX que se inicia a utilização das águas das Caldas da Felgueira em doentes que sofriam de males de pele.

http://caldasdafelgueira.no.sapo.pt

08/07/2005

José Carlos Vasconcelos



...Só uma terra sendo concelho é que é senhora inteiramente do seu destino e que pode construir o seu próprio futuro.Eu sei que vocês estão neste momento impedidos plenamente de construir o vosso destino, estão a construí-lo com as vossas próprias mãos,pela vossa própria luta, pelo vosso próprio suor, pelo vosso exemplo, no dia a dia do nosso país.

...Quando Canas de Senhorim for concelho, ides ter uma grande responsabilidade,por se ter construído um exemplo de luta por um concelho.

...O que se passa aqui é um pouco o que se passou no combate à ditadura e ao fascismo, é quase uma unidade antifascista. Trata-se aqui de uma unidade em volta de um grande objectivo, em que a luta é difícil, e depois não vai ser menos fácil.

in Jornal Canas de Senhorim,JCVasconcelos(jornalista)texto de H.Ambrósio, junho03

06/07/2005

Blog Canas & Senhorins

Parabéns pelos 20000
pelo nervo
pela fibra
pela vivacidade

por serem capazes
por acreditarem...

05/07/2005

Dr.Sampaio a sua reforma chega para pagar a conta!*


Venha gozar a beleza que a nossa Beira encerra e esteja certo que será uma viagem inesquecível!
Há casas solarengas e casas rústicas de granito à mostra; há pessoas amáveis para o acolherem!(...)
Desforre-se da vida cansativa e monótona do dia a dia e dê um salutar e calmo passeio a pé por entre recatados pinheirais e matas de mimosas, ambos semeados de penedias, que lhe sugerem uma pausa repousante, sentando-se para saborear, nas manhãs frescas ou ao cair da tarde, a grande Natureza!
Sabe que Canas de Senhorim tem uma aprasível situaçãode média altitude que origina um clima de verões luminosos(...) São estes os tesouros que possuímos(...)

in CdeS O que somos o que queremos- Ana Mouraz/Isabel Monteiro 1975

*Hotéis-Turismo de Habitação-T.Rural-Residenciais etc._Urgeiriça/Caldas da Felgueira/Canas de Senhorim

3º Foral










D.SanchoI

Em 1186, em escritura assinada por D.Sancho I(...) Canas é encoutada em benefício pessoal do Bispo de viseu(...) ficando desintegrada da Terra de Senhorim.














D.Manuel I

D.Manuel I concede em 1514, 2º foral a Canas, regendo o pagamento de "quartos oitavos e dizimas"(...) Com este foral passou canas a reger-se como Concelho pertencente à Coroa.(...)
assim se manterá mais de 300 anos(...) até 1863(...)





Assembleia da República,2003

1 de Junho de 2003, BE, PCP, OsVerdes,CDS/PP e PSD aprovam a Restauração do Concelho de Canas de Senhorim.







J. Sampaio mata o sonho de gerações...Porquê?

Quem é que vai atribuir a Canas de Senhorim o 3º foral?
Não há duas sem três!

Chegou a hora...

Canas de Senhorim
chegou a hora
o sol dos outros
vei-o achar-te
agora
ao lado do infinito
de mãos vazias contra o chão suado
e a boca farta de abafar o teu grito

gente de Canas
hoje é outro dia
Cantem mineiros pelas minas fora
mulheres operários
camponeses cantem
que o Sol dos outros
vai ser nosso agora


Maria Natália Miranda
Maio de 1975

in Canas de Senhorim-O que somos o que queremos -1975

01/07/2005

Primeiro de Julho


...deveria ser um dos DIAS MAIS FELIZES DAS NOSSAS VIDAS para sempre!
foi só em 2003, o que já não foi coisa pouca ... mas haveremos de ter um dia que será defenitivamente UM DOS MAIS FELIZES DAS NOSSAS VIDAS PARA SEMPRE!

"Estou solidário com a vossa LUTA

...que na minha opinião, é uma das mais notáveis que Portugal tem tido, e que tem sido tão mal entendida, tão pouco acarinhada e tão pouco respeitada."
"Eu penso que o veto presidencial foi um atentado à democracia e um acto inqualificável para Canas de Senhorim"

"Quando entramos nesta vila, quando falamos com as pessoas a gente respira orgulho, respira dignidade, respira uma aspiração legítima.(...) É uma aspiração exemplar que tem uma história muito forte. Qual a razão sociológica desta história ? É talvez em Portugal a única localidade tem resistido ao declínio económico.(...)a vossa luta é uma luta justa a bem de todo o país!"
BoaventuraSousaSantos - in Jornal Canas de Senhorim-texto de H. Ambrósio- junho 05

1 de Julho de 2003 [uma imensa felicidade]

29/06/2005

Curral ? Burras ? Eles sabem do que falam!

(...) Lá descemos as escadas e à saída do edifício fomos presenteados com uma despedida de inúmeros populares de Asnelas que vociferavamvárias palavras de ordem, mas no meio da confusão,só algumas ficaram na minha memória, como: "vão pró vosso curral, isto não é vosso ! " (...)
in jornal Canas de Senhorim- Uma página do meu diário-J. M. Monteiro Correia



Estrangeiros ?


O ambiente esteve tenso entre os habitantes de Asnelas e de Canas de Senhorym, ontem, em frente aos Paços do Concelho. O confronto físico entre as duas facções não chegou a ocorrer, mas esteve por um fio. Houve insultos e ameaças de agressões . Tudo por causa do problema relacionado com o pagamento de água (ver texto em baixo) e da velha luta dos canenses pela elevação da vila a concelho.O clima de tensão começou quando cerca de meia centena de cidadãos de Canas de Senhorym decidiram entrar no edifício da Câmara de Asnelas, em sinal de protesto contra o corte de água a um morador da freguesia e contra a falta de um posto de cobrança em Canas.A "invasão" dos canenses, porém, acabou por ser posta em causa por populares de Nelas, que se juntaram em frente ao edifício, numa espécie de contra manifestação, criticando Canas e as suas pretensões em ser concelho e apoiando o presidente da Câmara de Asnelas, que é contra a divisão do município."Fora daí, vai para a tua terra que aqui és estrangeiro", gritava um popular de Asnelas, de dedo apontado a um canense. "Quando saíres daí, vais apanhar no lombo", gritava outro, com ar ameaçador.

adaptado do JN de 18 de Maio

28/06/2005

"visita" de representantes do Município de Canas de Senhorim a Asnellas